Senhores(as) secretários(as) de Arnaldo Jabor !
Não sei se esta cartinha chegará a tão disputada agenda
do bonitão cineasta, que dá palestra em cursos pré-vestibulares,
faz letras de música com Rita Lee e tem trocentos outros compromissos.
Enfim, há uma dúzia de anos, li: "Os canibais estão
na sala de jantar" (acho que era este o nome do livro que Jabor lançou).
Gostei muito. Gostei muito mesmo, daquela obra.
À época li que o Millor dissera ser o Jabor o sujeito que melhor
estava escrevendo no país.
Millor é Millor e se ele endossou...
O fato é gostei e gostei muito porque Jabor escreve cinematograficamente.
Até porque assistira há umas duas décadas o filme feito
por Jabor,
"Eu sei que vou te amar". Adoro fotografia, cinema, teatro, música
e tudo isto havia naquela fita.
Quanto aos seus comentários semanais, senhor Jabor, que chegam até
esta tricentenária Laguna, ao litoral sul de SC, evito ler pois acho
que você apesar de inteligente, bonito, sensível é um dos
ótimos cineastas deste país. Voce é um cineasta respeitável.
Como filósofo e pensador, entretanto, prefiro Leonardo Boff.
Até porque é catarinense que nem eu (vai ver é por isso
mesmo, sou tribal, eheheheheheh).
Seu artigo desta terça que antecede à votação do
segundo turno, decidir ler!
Concordo, tem algumas reflexões/constatações interessantes.
Inegável que você é escritor, poeta, jornalista, é
desenvolto diante das câmeras, deve ser um ótimo professor, e quem
sabe seria até um ator se tivesse tentado.
Não neguemos, você é um brasileiro talentoso.
Mas quer saber mesmo porque o Lula vai vencer?
PORQUE O POVO CANSOU, CARO ARNALDO JABOR !
O POVO EXAURIU-SE DE FICAR NA PORTA ESTACIONANDO
OS CARROS E, LÁ DE FORA SENTINDO APENAS, O AROMA DOS SABOROSOS PRATOS
QUE A GALERA DEGUSTAVA.
ANOS A FIO. Décadas, centenas de anos, assim desse jeito.
Então, o/no tempo que sempre urge e agora também ruge, pastemos
juntos do mesmo capim POR MAIS UNS TEMPOS que é pra ver se aprendemos
que a massa descobriu-se.
A massa descobriu-se no companheirismo da dor.
Pois é, a gente curte tanto o sabonete, o lençol macio, a água
límpida, o filé de linguado, o demi-sec, a camisa cheirosa, o
bom livro...e pro povão ó....só promessa, né?
Nem eu nem você desejamos a desigualdade, a falta de carinho e atenção
e/ou oportunidades, aos nossos irmãos brasileiros.
Assumamos, caro jornalista, somos/fomos/estamos todos cooperadores do que ora
vivenciamos.
Com ou sem Lula, tudo vai demorar, e muito, a melhorar .
Com Alckmin? Mesma coisa.
Abraço da Fátima de Laguna - apenas uma dona de casa que deixou
criar paranhos pelas paredes anos a fio, enquanto lia o que diziam (que faziam
e pensavam) os homens de seu país.
P.S: PARANHO? (não adianta procurar no dicionário)