A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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DOçURA

(Dorcila Garcia)

Não é fácil agir com doçura. Isso exige um domínio muito grande sobre nós mesmos. A doçura é irmã gêmea da mansidão e ambas têm como ponto forte a leveza da alma.

Ser doce não é ser fraco. É ser generoso. É falar o que é necessário com um timbre suave na voz, ainda que seja para dizer um "não". Mas fazê-lo de coração, sendo verdadeiro. Não há quem consiga fingir o tempo todo uma doçura ou um sentimento qualquer que não lhe sejam próprios.

Ser doce é colocar-se no lugar do outro, procurar entendê-lo. É mostrar caminhos sem repreender, aconselhar sem julgar. É acender a lâmpada sem cegar.

Doçura não chega de repente. É exercitada dia após dia, para que possa firmar-se em nosso coração. Ser doce não é considerar-se doce. É saber-se um pequeno aprendiz de tão sublime sentimento. É ter humildade para aprimorar-se cada vez mais.

A doçura é forte o suficiente para derrotar a ira, o descaso, o cinismo e tantos outros sentimentos maléficos que podem nos golpear. Se reagirmos com doçura, a vitória será nossa.

Não necessariamente essa vitória precisa ser sobre uma disputa ou um litígio, embora, não raras vezes, aconteça. A grande vitória é aquela em que levamos a nocaute os sentimentos nefastos que tentam nos subjugar e que nos podem cegar.

Se tivermos doçura na alma, seremos sempre vencedores!

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