A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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No divã do analista

(Maria José Zanini Tauil)

Há muito concluí: o mundo não é meu e meu corpo muda desde que nasci!

Meu coração se transforma a cada experiência: palpita, se sobressalta, se assusta!

Sei que sou vulnerável ao belo, ao bom ao ruim.Sou contradição, uma indagação permanente.Estou viva, isso é certo... e cada momento é o meu momento.

Lá dentro de mim ainda existe aquela menina que se assusta mas se diverte.

A ambigüidade torna-se cada vez mais sólida. Já não preciso parir ou gerar.

O meu tempo para isso passou. O que um dia foi dramático, hoje é lembrança.

Quem me ama agora não é pelo belo corpo (que tive),ou pelas belas pernas que fizeram sucesso na década de setenta. Cumpri deveres , errei e perdoei erros.

Sofri...é verdade! Mas faz parte! Hoje, minha vida é meu território.

Pode ser o que eu quiser: ou campo para correr ou cova estreita à espera do golpe final...

MEU LAUDO, DOUTOR?

  • Publicado em: 27/11/2007
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