Há muito concluí: o mundo não é meu e meu corpo
muda desde que nasci!
Meu coração se transforma a cada experiência: palpita, se
sobressalta, se assusta!
Sei que sou vulnerável ao belo, ao bom ao ruim.Sou contradição,
uma indagação permanente.Estou viva, isso é certo... e
cada momento é o meu momento.
Lá dentro de mim ainda existe aquela menina que se assusta mas se diverte.
A ambigüidade torna-se cada vez mais sólida. Já não
preciso parir ou gerar.
O meu tempo para isso passou. O que um dia foi dramático, hoje é
lembrança.
Quem me ama agora não é pelo belo corpo (que tive),ou pelas belas
pernas que fizeram sucesso na década de setenta. Cumpri deveres , errei
e perdoei erros.
Sofri...é verdade! Mas faz parte! Hoje, minha vida é meu território.
Pode ser o que eu quiser: ou campo para correr ou cova estreita à espera
do golpe final...
MEU LAUDO, DOUTOR?