A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Ser brasileiro

(Maria José Zanini Tauil)

Não somos pontuais como os britânicos, não temos o Catrina, nem tsumanis. Segundo o povo estrangeiro, nossa capital é Buenos Aires. Faz mal não! Afinal, temos ares bons e não é verdade que as megalópoles Rio e São Paulo são cercadas de Floresta Amazônica por todos os lados. Não foram os Irmãos Cara - de - Pau que inventaram o avião...foi Santos Dumont...Somos penta-campeões...(no futebol).

Dizem as más línguas que vivemos um eterno carnaval. Verdade! Que outro povo sorriria desdentado e feliz com o seu salário mínimo na mão, fazendo mágica e mantendo a mesa farta? Nessa terra, plantando, tudo dá!

Dizem as más línguas, que por aqui tudo é permitido...Quem nos deixou com essa fama? A lei é só para o pobre? Mentira! O filho do Pelé está preso! (só não sabemos até quando...)

Com os ideais da revolução Francesa, entre os movimentos culturais, surgiu na literatura, o romantismo. Era a arte expressando emoções, amor, saudade e aqui, na terrinha nova, a inspiração deu vasão ao amor à pátria, à vontade de vê-la liberta, soberana, distinta de outras tantas, criando sua identidade: brasileira de verdade!.

Se o patriotismo era o estímulo, a obra era a contribuição para a grandeza da nação.

Nossa geração se arrepia ao ouvir nosso hino cantado lá fora, amamos nossa bandeira, mesmo sabendo que os significados de suas cores não são aqueles que aprendemos na escola (culpa dos nossos historiadores)...restou-nos a versão poética. Não faz mal...A poesia corre mesmo em nossas veias de brasileiros, povo sofrido...hospitaleiro.

Amamos o Brasil...Grande País, embora entre seus filhos, muitos não valem a comida que comem, a roupa que vestem, a água que bebem. E esse país é tão varonil, tem um povo tão heróico, que não se atemoriza com brados retumbantes de corrupção, de mensalões...porque graças a Deus, a corja passa, mas o Brasil Fica!

  • Publicado em: 15/09/2005
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