O amor é linguagem que todos entendem. A prova é que o Evangelho de Cristo pode ser levado a todos os povos, ser entendido e seguido, pois não existe mensagem de amor maior.
Preocupados com o amor humano, psicólogos e filósofos, ainda hoje, se interessam quase que exclusivamente por essa forma lírica do amor entre duas criaturas.
O Renascimento considerou o amor em termos poéticos, no encanto dos amores mitológicos, pois os deuses amavam como os homens. Línguas e códigos foram inventados, mas não constituem obstáculos para que o amor se manifeste.
Não existe força mais frágil e ao mesmo tempo, mais poderosa. Histórias de amor precisam acontecer para gerarem muitas outras e para que corações que buscam não desistam. Se assim não fosse, como diz o poeta, não haveria sentido para os sonhos da raça humana.
Freud preferiu estudar o amor pelo subsolo da patologia. Quase que a sexualidade conseguiu se apossar da palavra amor e reduzir a manifestação de seu poder exclusivamente às suas funções, o que seria uma profanação. Num eufemismo derivado do italiano, se diz "fazer amor" para referir-se ao ato sexual. Ele deve e pode ser praticado com amor.
Infelizmente, almas gêmeas se cruzam e não se reconhecem, ou não aceitam o desafio. A vida marca o encontro: "quando essas pessoas se cruzam, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância...só existe aquele momento
Acho que quem espera encontrar sua alma gêmea, deve estar receptivo para reconhecê-la. Se mulher, melhorando a auto-estima, investindo na feminilidade. Homens observam primeiro a embalagem, depois o conteúdo do presente, ao contrário de nós, mulheres, que nos apaixonamos conhecendo o conteúdo, pouco nos importando a embalagem (há exceções)
Existem também os homens que querem distância das mulheres fatais, competitivas, predadoras. Nada de fantasiar muito...ninguém é perfeito. Fantasias glamourosas ou muito românticas fazem as pessoas ficarem aquém das expectativas.
Como disse Caetano Veloso: "Narciso acha feio o que não está no espelho"