A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Bela sem fera

(Maria José Zanini Tauil)

Bela, uma mocinha apesar do nome, muito feia, vivia à espera do seu príncipe encantado...

Um dia, conheceu o Belo. Ele não era cantor nem o marido da Viviane, a peladinha do carnaval.

Belo, gentilmente, segurou sua bolsa, numa tarde de ônibus bem cheio. Ela, se segurava com uma das mãos e com a outra mexia nos cabelos, intimidada pelo olhar insistente do rapaz.

Chegou ao seu bairro. Ao entregar a bolsa, Belo colocou em sua mão um cartão com seu telefone.

Ela agradeceu e retribuiu com um sorriso.

Já na rua, entrou na padaria para comprar um lanche noturno. Aí o susto: Sua carteira sumiu! Pegou o cartão do sujeito do ônibus: O número de telefone não existia.

A decepção: Belo era um ladrão...

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