O único motivo que deve levar dois seres a se unirem é o amor, o desejo de compartilhar a vida. Outras razões, que não estas, são fúteis e sem sentido.
Passada a euforia dos primeiros tempos, tudo é desculpa para confessar a nossa falta de habilidade em amar. Agindo como espermatozóides, na desenfreada corrida para fecundar o óvulo, nem percebemos as conquistas que tivemos juntos, quando apenas o amor interessava.
O que a princípio era atitude de amor e proteção, não pode jamais virar, com o tempo, um tedioso caminho de solidão.
Casamento é desafio, nunca uma forma de resolver problemas, pois a união realizada com esse objetivo, coloca um microscópio sobre as divergências, amplia as formas diferentes de ver as dificuldades. Desse modo, dois nunca serão um.
Coisas mal resolvidas vão poluindo a relação...vem a frustração, a sensação de estar incompleto.
Somos vários personagens dentro de nós mesmos. Às vezes, pensamos que conhecemos alguém, surge uma nova faceta e sentimos aquela sensação amarga de que não o conhecíamos tão bem assim.
Queremos o novo, mas onde buscar a coragem para abandonar o velho? Ficamos na corda bamba, queremos ser coerentes...e esse é o grande desafio da vida: fazer-se amar sempre, até mesmo e, principalmente, quando sentimos que o outro não está feliz.
Um casamento bem estruturado, não permite o individualismo. Amar é partilhar. O sucesso da relação será certo, se houver uma terceira pessoa no relacionamento: DEUS