A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Ainda há esperança... existe criança

(Maria José Zanini Tauil)

Acredito que lá no céu, os anjos, pequeninos e peraltas, devem fazer mil estripulias, devem alegrar o Senhor com seus risos, seus cantos e correrias. Aqui, na Terra, também temos anjos, sem asas, que fazem coisas engraçadas, são brincalhões e levados, anjinhos trapalhões, que chegam a incríveis conclusões e fazem de cada momento com eles, lembranças inesquecíveis para nós.

Criança é autêntica e diz o que pensa, é sincera, agradando ou não. Deus, que é perfeição e amor, teria falhado na criação se não houvesse criança, se já nascêssemos adultos.

Elas alegram o mundo, são a esperança, o reforço dos laços familiares e fazem constantemente com que exercitemos a tolerância, a alegria, o amor e a doação. Vieram para que aprendamos com elas. São as flores do lar e serão o que delas fizermos, pois exigem autenticidade e fotografam na mente tudo que a gente fala e sente.

Que tenhamos paciência para ouvi-las e respondamos sempre as mil perguntas...Mais que instruí-las, passemos confiança, conversemos sem segredos, para que adquiram maturidade sem crescerem antes do tempo. Que dialoguemos, que participemos, em face do mundo de hoje, que se transforma e se diversifica, massificador e desumano.

Toda a criança é anjo. Só querem que os adultos percebam sua existência. Sem amor, nenhuma ciência é suficiente. Amar é conduzir os pequenos, é ter fé na humanidade...é crer num mundo melhor.

Privilégio é estar com elas, é como voltar à infância e descobrir a criança que ainda existe em nós, sem esquecermos jamais, o lembrete do Mestre: " Se não vos tornardes criança, não entrareis no reino dos céus"...

  • Publicado em: 12/10/2004
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