Acredito que lá no céu, os anjos, pequeninos e peraltas, devem
fazer mil estripulias, devem alegrar o Senhor com seus risos, seus cantos e
correrias. Aqui, na Terra, também temos anjos, sem asas, que fazem coisas
engraçadas, são brincalhões e levados, anjinhos trapalhões,
que chegam a incríveis conclusões e fazem de cada momento com
eles, lembranças inesquecíveis para nós.
Criança é autêntica e diz o que pensa, é sincera,
agradando ou não. Deus, que é perfeição e amor,
teria falhado na criação se não houvesse criança,
se já nascêssemos adultos.
Elas alegram o mundo, são a esperança, o reforço dos laços
familiares e fazem constantemente com que exercitemos a tolerância, a
alegria, o amor e a doação. Vieram para que aprendamos com elas.
São as flores do lar e serão o que delas fizermos, pois exigem
autenticidade e fotografam na mente tudo que a gente fala e sente.
Que tenhamos paciência para ouvi-las e respondamos sempre as mil perguntas...Mais
que instruí-las, passemos confiança, conversemos sem segredos,
para que adquiram maturidade sem crescerem antes do tempo. Que dialoguemos,
que participemos, em face do mundo de hoje, que se transforma e se diversifica,
massificador e desumano.
Toda a criança é anjo. Só querem que os adultos percebam
sua existência. Sem amor, nenhuma ciência é suficiente. Amar
é conduzir os pequenos, é ter fé na humanidade...é
crer num mundo melhor.
Privilégio é estar com elas, é como voltar à infância
e descobrir a criança que ainda existe em nós, sem esquecermos
jamais, o lembrete do Mestre: " Se não vos tornardes criança,
não entrareis no reino dos céus"...