O sangue do parto nos liga ao sexo. Somos feitos de sexo. Isso é fato a
ser acolhido, jamais evitado.
Não há contradição alguma entre espiritualidade
e sexo, mas uma grande complementação.
A vida que nos foi dada, o amor que existe dentro de nós, nossa capacidade
de êxtase e alegria são manifestações da dimensão
divina. A sintonização com essa energia transforma nossa vida
e nossa maneira de fazer amor.
Vivemos numa época obcecada pelo sexo. Ele virou sensacionalismo, crime,
política, diversão e também perversão. Há
toda uma indústria à sua volta. As mensagens, as mais confusas:
sexo é imoral...sexo é sujo...sexo é perigoso.... Se o
seu sexo não for sensacional, freqüente, acrobático e cheio
de orgasmos múltiplos, deve haver algo errado e, certamente, a revista
X, o livro Y, o produto Z, podem resolver o seu aflitivo problema.
Só há uma verdade no meio de tanta asneira: O sexo é sagrado.
Ele nos conecta à fonte de criação. Todos nós começamos
com a combinação de espermatozóide com óvulo, da
união dos corpos de um homem e uma mulher.
Sexo vai além da mera satisfação de nossos desejos epidérmicos,
pois também nos faz criadores. Somos capazes de gerar vida... Isso é
MA RA VI LHO SO!
A vida que nos foi dada, o amor que existe em nós, nossa capacidade
de êxtase e alegrias são manifestações de Deus e,
no entanto, nem nos damos conta disso e até nos envergonhamos.
Estar envolvido ao fazer amor é estar presente por inteiro, sentindo
poder quando corpos se unem. E na hora do doce descanso, recostar, em estado
de graça, respirar fundo e sussurrar no ouvido do ser amado: " Vi
a terra tremer...você me levou ao céu".