A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

AFINAL, ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

(Maria José Zanini Tauil)

A felicidade é frágil, instável e imprecisa. Às vezes, somos felizes e nem percebemos. Às vezes, vamos procurá-la bem longe...e ela tão perto de nós. Ela pode estar oculta até nas nossas renúncias e nas nossas doações.

Com freqüência dizemos:" Se chegarmos até lá, seremos felizes". Chegamos. Uma vez donos do que julgávamos felicidade, nos desiludimos, decepcionados e insatisfeitos. A conquista se revela sem mérito.

Felicidade é mais o desejo que a realidade...é mais possibilidade do que posse.

Mais do que lutar para sermos felizes, devemos estar conscientes de que a felicidade é frágil e movediça, assim como a nuvem branca que surge bonita como algodão e, de repente, o vento desfaz ...ou como a bolinha de sabão que desaparece no chão.

A felicidade pode estar incrustada em pequeninas coisas e não nas suntuosas. O sentimento de dever cumprido, gera felicidade e é firme e duradoura, a que vem do entusiasmo e da esperança na luta por uma conquista, também.

Não devemos ficar infelizes se não conseguimos tudo o que desejamos. Há coisas muito válidas, que o dinheiro não compra. Podemos ser um valor, mesmo de bolso vazio.

A felicidade não se resume no fato de encontrar um baú cheio de ouro, não é ter cofres abarrotados.

Felicidade é ter paz de espírito, quando somos capazes de alcançá-la. Ela está também no saber conquistar poucos amigos, porém verdadeiros...

Um dia feliz? Aquele em que não conseguimos ser medíocres...ajudamos um semelhante e não improvisamos grandezas...

  • Publicado em: 10/02/2004
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente