O escritor irlandês Oscar Wilde já dizia: "Só o moderno
sai de moda". A maioria dos jovens são fiéis adeptos do modismo,
das grifes e marcas. Há uma febre consumista de imitar. Ficam depressivos
e até se sentem diminuídos quando os pais não podem bancar.
O marketing se encarrega da lavagem cerebral. Até as crianças
cobram dos pais, as coisas da Barbie, a sandalinha da Xuxa, a bolsa da Angélica
ou a pintura da Eliana.. Todos acabam ficando uniformizados. Crianças
se vestem como adultos, sandálias e tamancos de saltos, uma afronta para
as colunas que se desenvolvem.
E o que dizer do modismo da plástica? E os seios turbinados? Querem,
como as americanas, seios fartos, que vão à frente, como faróis,
abrindo caminho e deixando o corpo desproporcional.
Hoje,as vovós são durinhas. Podem ter setenta, mas têm cara
de cinqüenta, para isso basta só bisturi e... dinheiro. Vovós obesas de seios murchos onde os netinhos se aconchegavam
para um cafuné, já fazem parte das histórias da Carochinha.
E quando o modismo sai de moda? É aquela corrida para a próxima
novidade. Esse corte de cabelo "já era", o salto fino está
em baixa e as calças mais modernas são as curtas, "pescando
siri". Calças de cintura baixa...e quantas não hesitam em
colocar suas vastas barrigas à mostra, se submetendo ao ridículo
por não estarem dentro dos padrões estéticos , mas o importante,
realizadas por estarem bem atualizadas com a moda vigente, de fazer parte do
mundo "fashion".
Clássico é outra coisa. Você guarda por anos aquele terninho
de cor neutra e poucos detalhes. No dia em que sai do armário, parece
roupa nova, dá tudo o que tem: charme, elegância, discrição...não
parece nem um pouco constrangido de ter ficado por tanto tempo esquecido. Ele
faz o seu papel.
Se sente superior. O modismo chegou, mas acabou. O clássico, continua
ali, intacto, mostrando para que e por que veio...