Nos últimos acontecimentos políticos, pudemos constatar como
até mesmo os mais letrados podem ser fracos de interpretação
de fatos ou de palavras e cometer grandes gafes. Um estudante jogou uma galinha
sobre a prefeita Marta Suplicy. Imediatamente, o ilustre ministro que a acompanhava,
no afã de defender a amiga, faz sua própria interpretação,
dizendo que era o mesmo que jogar um veado sobre um homem. Nem a pobre galinha
teve a conotação de que a prefeita é parente da penosa,
nem o coitado do veado, não cabia como personagem dessa história,
muito menos para ser lançado sobre qualquer cidadão. (Embora muitos
mereçam...mas, coitado do veado!)
Pensando bem, o que seria da mídia, sem esses corriqueiros ti-ti-tis?
As comunidades gays se sentiram ofendidas e discriminadas. Não sei como
a Sociedade Protetora dos Animais, não se manifestou!...
No meu modesto entender, a pobre galinha, que ainda por cima era preta, bem
própria para despachos, veio pelos ares, indefesa, mas com uma muda mensagem:
" Vá para o inferno, mulher"!...Mesmo que quisesse dizer: "Pare
de cacarejar"!, não estariam insinuando que a charmosa mãe
do Supla estava revendo a irmã. Não é àtoa que,
numa pesquisa mundial, o Brasil entrou numa "honrosa" relação
com um "elogioso" (?) lugar, entre os países onde leitores
mais interpretam mal, mesmo tendo leitura correta.
Tem remédio? Claro... Ele se chama LEITURA. Não aquela obrigada
pela escola, dos clássicos. Comece com gibis, leitura agradável,
atrativa, pequenos textos, crônicas, jornais. Depois parta para os romances...Viaje...dê
asas à imaginação. Não leia por ler...Leia para
se informar, para ter lazer, para entender.
Ah! Já ia esquecendo! Nunca joguem objetos ou animais sobre alguém.
Isso é falta de respeito. E se fosse uma vaca? Estaríamos hoje,
chorando a morte da carismática prefeita... ou a morte da vaca?