As facções criminosas de SP estão gargalhando com a greve
da polícia civil que culmina com confrontos armados contra a polícia
militar local. Duas entidades que deveriam estar nos protegendo, desperdiçando
recursos para se combaterem enquanto os grupos de malfeitores nos afligem com
liberdade em qualquer esquina na certeza da impunidade absoluta.
No dia em que os professores, médicos, lixeiros e outros profissionais
massacrados pelo sistema que só agracia os empresários e capitalistas
exigirem seus direitos armados apenas com faixas e cartazes serão
impedidos de se manifestar por estes defensores da Lei?
A população encurralada assiste este caos com o espírito
aterrorizado. Tal situação reflete a incapacidade da administração
pública (em todas as esferas, em todo o país) para resolver os
problemas sociais que nos afligem há décadas. As autoridades passam
a maior parte do tempo estudando composições partidárias
para se manterem no poder.
Como SP é um Estado modelo (para os bons e maus exemplos), dentro em
breve esta situação caótica deverá ser copiada em
outros locais, definindo de forma concreta, o poder de centenas de malfeitores
sobre MILHÕES de habitantes honestos cuja única reação
de indignação é atrasar o pagamento dos impostos. Com multa.
Até que o próximo capítulo da novela os faça esquecer
do futuro sombrio de seus herdeiros.
Já perdemos a esperança do surgimento de um líder de alguma
entidade outrora respeitável (OAB, CNBB, ABL, CRM, ABI, qqB - hoje "dominadas")
no sentido de criar uma cruzada cívica para reverter nosso caminho para
o fundo do poço e nossa condição de colônia por mais
500 anos.
A situação nacional hoje em dia está nojenta e desesperadora
de fato. O cenário exibe um pântano de degradação
moral de vasta amplitude. A famosa frase: "A vaca está indo para
o brejo" está obsoleta. Sem medo de errar, podemos adotar um
novo slogan:
O brejo está engolindo as vacas que nos restam.