Um estudante entre 12 e 15 anos pode até não perceber o quanto
seu futuro está correndo perigo em função do sistema que
atualmente conduz nossas vidas. Ele pode até mesmo não saber o
coletivo de ladrões, apesar de já ter ouvido que algumas quadrilhas
armadas de canetas comandam os destinos de nossa pátria (por nossa acomodação).
Mas se ele for um internauta com disponibilidade de 4 horas por dia, deve estar
devidamente capacitado (por conta própria) a penetrar nos sofisticados
sistemas da NASA e do FBI, apesar de todos os programas de proteção
existentes em suas instalações.
Perto disto, um grupo de técnicos em informática, mergulhados
no teclado durante 60 horas por semana, recebendo excelente remuneração
pelos resultados obtidos, sem dúvida alguma conseguirá diversas
maneiras para invadir e adulterar resultados de um sistema informatizado de
captação e contabilização de votos, cuja barreira
de proteção deve ser mais frágil que um barraco de sapê
na encosta de um morro sem vegetação. Ainda mais que o sistema
é criado, administrado, recebe denúncias, investigado e julga
seus próprios erros: TSE.
De acordo com a gratificação oferecida, os técnicos intrometidos
poderão elaborar programas com diversos níveis de sofisticação.
Vamos ilustrar alguns, começando pelo mais barato.
a) Programa pirata a ser acionado incondicionalmente às 8:00 do dia
da eleição, em todas as seções eleitorais, desviando
um percentual fixo de votos para um nome já definido num cadastro. Este
programa corre o risco de ser descoberto por alguns técnicos de bom gabarito
sem que haja tempo de esconder a mutreta. Deve ser descartado pelas elites dominantes
não por ser simplório, mas por ser o mais barato. Mesmo numa mutretagem,
os integrantes de uma quadrilha gostam de se vangloriar por terem contratado
o melhor estelionatário do mercado para efetuar o serviço.
b) Programa similar, mas que seria acionado/desligado com a indicação
de uma senha por parte do presidente de cada seção, que nem precisaria
saber que está colaborando para o adultério eleitoral. Mas servirá
como excelente bode expiatório se houver vazamento de indícios
que possam incriminar os mentores/patrocinadores do esquema de fraude. Com um
timer para abortar sob comando via GPS.
c) Programa a ser acionado/desligado à longa distância por pessoas
que estejam à frente do painel secreto que exibirá a marcha da
contagem dos votos, com uma opção que permita definir o aumento/redução
do percentual a ser desviado para o candidato escolhido.
d) O programa mais caro: que tenha todas as "facilidades" acima,
mas que possua uma opção de repor os votos honestamente, desde
que se observe que as artimanhas pré-eleitorais (debates viciados, denúncias
falsas, pesquisas falsas) tenham surtido efeito na cabeça dos eleitores
anestesiados. E ainda serão capazes de ceder alguns votos aos perdedores
para que a opinião pública acredite que estes é que estavam
preparando uma sabotagem no evento cívico. Como uma grande parcela do
povo acredita nas manchetes coloridas e em políticos que já desviaram
altas fortunas dos cofres públicos sem serem molestados, ainda existe
o risco dos candidatos perdedores terem seus direitos políticos cassados
por uns oito anos, permitindo que nas eleições de 2014 a elite
encomende um programa mais barato para tornar o resultado oficial.
Quanto ao risco de ser solicitada uma conferência dos votos contra comprovantes
emitidos por algumas urnas, os abutres já devem ter montado um esquema
de guardar tais recibos num dos prédios emprestados pelo TRT (ou alguma
outra entidade dona de prédios mais desprotegidos), prontos para pegarem
fogo por algum "acidental" curto-circuito em suas obsoletas instalações
elétricas, de preferência numa madrugada de domingo, pois se houver
vítimas, o assunto demora mais a sair das páginas dos jornais.
E enquanto a sociedade não desperta da insônia onde está
mergulhada desde que a elite facilitou a aquisição dos aparelhos
de tv para doutrinar até mesmo os que se dizem "informados",
o circo eleitoral que dá legalidade à longa perduração
no poder por parte dos "coronéis" (de fazendas e de cartéis)
continuará por longo período, podendo ultrapassar o tempo da novela
cujo enredo principal é a "falta" (proposital para servir de
moeda de voto) de água e outros recursos básicos nas regiões
necessitadas do país.
Se não temos como superar o muro, só nos resta votar NULO. Para
derrubá-lo.
Se você pretende votar no menos ruim aceita oferecer um
alimento menos estragado aos seus filhos?