Se míseros 51% de votos NULOS não são suficientes para
anular uma eleição, com mais surpresa um valor de 55% também
não. Nem 80%. Pasmem! Nem 99,9999%.
Isto significa que num universo de 120 milhões de eleitores cadastrados
(alguns fantasmas), se um candidato votar em si mesmo e contar com os votos
de 9 familiares e de 90 cabos eleitorais, ele será empossado mesmo que
119.999.900 votem NULO.
Um modelo de "democracia" a ser oferecido aos países do primeiro
mundo. Da mesma forma que nosso modelo de atendimento de saúde. Com certeza
eles darão enormes gargalhadas.
Uma lei "sábia" para os pilantras (que a escreveram) que concorrem
aos cargos públicos. Uma prova de "democracia" avançada.
De fazer inveja aos países nórdicos.
Não podemos dizer que é uma lei "salomônica" pois
esta magnífica figura da família de David não escreveria
uma imbecilidade onde 100 gatos pingados (aliás, ratos pingados) derrotam
a unanimidade de mais de 119 milhões de indivíduos. Podemos chamar
este modelo de "ditadura democrática"?
Este absurdo é aceito pela nossa sociedade acomodada e hipócrita
que engole (da mesma forma que devora o BBB e outras bostas) o assunto com a
maior naturalidade. Fato que não ocorre num condomínio de moradias.
Se 98 moradores preferem a administração de uma empresa, um elemento
não se elegerá síndico para gerir as finanças comuns
com o próprio voto e do primo que mora no andar de baixo!
Imagine se um avião com 600 lugares vai levantar vôo com apenas
2 passageiros. Nem que o Papa tussa (junto com a vaca).
Voltando ao "circo" das nossas eleições, uma estrutura
fedorenta desta não é aceita por países com um mínimo
de civilidade e de consciência de cidadania. Além da barbaridade
descrita acima, temos outra pérola de "transparência":
o sistema eleitoral contabiliza os votos eletronicamente e não fornece
meios de conferência após o resultado anunciado.
Somente numa sociedade onde o título de eleitor é um mero artefato
de plástico (até para marcar páginas é inútil)
que não tem serventia para definir a vontade popular, tal cenário
é montado e rotulado de "à prova de sabotagem".
E aplaudido pelos adoradores do BBB e "beneficiários" das bolsas-malandragens.
Conclusão: 51 continua servindo apenas para acompanhar as "pizzas"
elaboradas semanalmente nos gabinetes públicos ou para molhar a goela
de pinguços que comandam nossos destinos mesmo sem saber separar mais
de 3 sílabas ou somar duas parcelas com dois algarismos em cada.