Os conflitos arquitetados em novembro de 2010 no Rio de forma orquestrada,
onde dezenas de atos terroristas foram iniciados em paralelo com ônibus
queimados e civis atingidos mortalmente a esmo, demonstra como os malfeitores
planejam e executam seus projetos, sem reuniões de cúpula, sem
memorandos, sem escritórios atapetados. Se nossas autoridades (de posse
de toda estrutura que PAGAMOS com nossos impostos) tivessem a mesma sincronia,
todas as áreas sociais estariam com 90% de seus problemas superados e
teríamos tempo de desenvolver nosso projeto como nação
livre. Ocorre que diversos escalões de comando da administração
pública triplicam seus salários justamente por uma nebulosa aliança
de suas canetas com os malfeitores das armas de fogo, que acabam controlando
os que usam as canetas mortais. Soluções para reduzir as barbaridades
urbanas atuais existem e até nós, que não trilhamos os
caminhos profissionais da segurança pública, podemos planificá-las
em 15 dias.
Mas as demagogias dos governantes visando perpetuação do poder
nas mãos dos incompetentes abandonam as questões locais e se preocupam
em perdoar as dívidas de Cuba, Nicarágua, Gabão, Moçambique,
Haiti e Bolívia enquanto o BNDES se diz sem verbas para financiar os
recursos para que nossos nativos sustentem o progresso desta terra de líderes
podres. Os distúrbios urbanos eclodem por dezenas de fatores nascidos
na incompetência de nossos dirigentes. Inclusive com intuitos políticos,
como em 2002 no Rio, quando a desordem na cidade nos lembrava o Caos da faixa
de Gaza e surpreendentemente se acalmou depois do resultado das
eleições.
A cada ano acontece um fato violento que oprime nossos corações.
Lembremos dos últimos: a queima do índio Pataxó em Brasília.
A morte do jornalista Tim Lopes no Rio. Morte de 8 pessoas nos ônibus
queimados no Rio. Morte de 5 pessoas na queda do buraco do metrô em São
Paulo. Trucidamento do menino de 6 anos arrastado no Rio. Morte de 4 operários
na queda de ponte em construção em Campos (mesmas construtoras
do metrô em São Paulo). Em todos estes momentos as autoridades
dizem que agora tomarão medidas enérgicas para mudar o cenário
de insegurança e impunidade. Só não dizem que o fundo do
poço já ficou para cima há muito tempo e que toda esta
fanfarra anunciada por suas goelas são engavetadas 15 dias depois que
a imprensa arquiva o assunto pressionada por patrocinadores que enriquecem com
este caos social.
A causa da violência urbana não está NAS favelas. Estas
já existiam antes de meu nascimento em 1945. Até meados de 1970,
quase 99,9% de sua população era de honestos trabalhadores pobres
sem condições financeiras para morar em local melhor. Os poucos
pilantras que lá moravam limitavam-se a pequenos e esporádicos
furtos em residências e lojas ou assaltos eventuais nas ruas da cidade.
Portavam no máximo, um revolver 38. Os líderes locais, por serem
mais idosos, eram mais responsáveis e de alguma forma ajudavam aos necessitados
da área. Atualmente, como malfeitores dificilmente vivem além
dos 35 anos, as quadrilhas são comandadas por jovens a partir de 12 anos,
que ao invés de ajudar os necessitados que os escondem, usam-nos como
escudos quando a polícia invade as favelas de forma desordenada, sem
planejamento.
O ambiente caótico e inadequado foi mantido desta forma por décadas
para servir de trampolim eleitoral aos gatunos de terno que montam seus escritórios
no coração do asfalto, dentro de suntuosos condomínios
e salas confortáveis de prédios públicos. Quando as favelas
possuíam 200 ou 300 pessoas e o uso de drogas não era moda, não
chamavam atenção do poder público para suas necessidades
básicas humanas pois não incomodavam os bairros ricos. Agora que
estufaram e se multiplicaram em progressão geométrica descontrolada,
passaram a incomodar aos próprios "bacanas" consumidores, pois
a única maneira de serem escutados é fechando pistas, queimando
pneus, ônibus e ocultando os bandidos que de alguma forma prestam-lhes
a assistência que seria obrigação do Estado, com fiscalização
nossa (ambas nunca executadas).
Hoje, os bandidos mal encarados (que não chegam a 0,5% da população
residente das favelas) criaram micros empresas do crime (com aval das autoridades
ao longo dos últimos 30 anos) e fazem do local sua trincheira privilegiada,
usando os pobres inocentes locais como escudos e massa de manobra para balbúrdias
sob a força do terror. Mas os escritórios de comando do crime
de tráfico estão instalados em valiosos apartamentos na orla marítima
ou em gabinetes dos palácios governamentais. É destes locais que
nascem os telefonemas encomendando as drogas e patrocinando a compra de armas
pesadas e desmoralização de algumas autoridades ainda interessadas
em manter a ordem. Destas salas são editadas as normas para produzir
seqüestros, afrouxar fiscalizações, reduzir equipes de vigilância
nas fronteiras e nas estradas e isentar suspeitos de investigações.
Também providenciam sumiço de provas e retardamento dos processos
judiciais.
Com a abertura democrática concedida pelo falecido Presidente Figueiredo,
infelizmente a vida política nacional foi tomada de assalto por um grande
número de perigosos marginais portando canetas em seus ternos finos e
cheios de idéias infelizes na cabeça que voltaram de seus esconderijos
no exterior. Voltaram ao país e criaram seus bandos e decidiram recuperar
rapidamente os valores que não puderam subtrair dos cofres públicos
durante a ditadura (tempo em que ainda existia respeito pela autoridade pública),
pois neste período eles foram obrigados a frear a ganância que
lhes incentivava o lucro fácil através de propinas nos contratos
públicos e nas gorjetas (mensalão é prática antiga)
que recebiam para aprovar projetos nocivos ao povo. Em nome da liberdade e escondidos
sob a bandeira do "direito de expressão e o direito de transitar",
estes desajustados agitaram as massas populares reprimidas criando falsas expectativas
de atendimento para os desprovidos de informação e cultura.
Inicialmente incutiram nos jovens que libertinagem é sinônimo
de liberdade. Quem não respeita a autoridade em casa, dificilmente irá
respeitar as regras sociais de preservação do direito alheio.
Este cenário é o mais propício para os que pretendem disseminar
suas palavras e condutas de falência da família. Criaram o caos
urbano contratando nordestinos desesperados pela seca (controlada) para inchar
os centros urbanos sem nenhuma noção de controle de natalidade,
higiene familiar e cultura superficial. Os empregados-escravos deixaram uma
família no município de origem e criaram nova família no
centro urbano. Ambas sem recursos adequados para proporcionar uma qualidade
de vida razoável aos filhos, que hoje representam 90% das populações
esfomeadas por comida e conhecimento. E revoltados com a sociedade que não
criou estrutura para atende-los.
Como é característica do ser humano, os moradores das comunidades
procuram seguir os exemplos das personalidades (formadores de opinião)
da sociedade onde vivem. Tentam imitar seus ídolos e usar objetos similares
(mesmos falsos). E se observam que seus governantes enriquecem velozmente através
de artimanhas ilegais e sem punição, são contaminados por
estas atitudes e tentam fazer o mesmo dentro de suas áreas de atividade
numa escala menor, tendo em vista que não possuem o poder de assinar
contratos escusos. Como não possuem canetas nem contas bancárias,
alguns usam armas de fogo para arrecadar os montantes subtraídos. E ainda
disseminam esta conduta dentro de suas famílias, onde netos matam avós
em busca de valores para adquirir o pó da morte. Desta forma, não
há como impedir o APODRECIMENTO da sociedade doente e sem forças
(ou vontade) de reagir. Quem tenta levantar a bandeira da reação
é rotulado de pessimista.
Chegamos ao absurdo de sentir saudades do tempo em que as autoridades só
levavam 10% dos orçamentos que manipulavam. Se um responsável
pela saúde tinha nas mãos uma verba para construir 10 hospitais,
ele levantava nove e repartia o valor de UM entre os "colaboradores".
HOJE, ele fica com o montante de oito (o grupo de subornados tornou-se maior)
e não chega a entregar um pronto, pois abaixo dele outros gerentes e
fiscais beliscam seus pedaços. Imaginem a proporção de
desvios se juntarmos as dezenas de áreas que nos afetam: agricultura,
educação, segurança, habitação, limpeza urbana,
estradas, ferrovias, comunicação, etc. Até alguns templos
religiosos adotaram este modelo de enriquecimento ilícito, se apropriando
de doações de bondosas idosas viúvas atordoadas com a perda
de seus companheiros. O montante acumulado daria para pagar nossa dívida
externa umas 4 vezes! E sobraria um troco para aplicar no programa habitacional,
cuja verba é desviada para salvar bancos falidos. E a sistemática
de sangrar as finanças da população espalhou-se através
da tv que criou paredões para desatentos telefonarem para
encherem os cofres da emissora (que repassa para alguma entidade de assistência
mas abate seu IR com o montante arrecadado) que produz todo tipo de lixo digital
para anestesiar as mentes vazias.
Naquela época poética, os meios de informações
eram menos aparelhados. Era mais fácil calar a boca de poucos jornalistas
bisbilhoteiros que desvendavam alguns escândalos. Hoje preferem calar
os donos dos jornais, rádios e tvs através da ameaça do
corte de patrocínio. Também pode ser com dinheiro vivo carregado
em cuecas. Pode ser através da chantagem sobre possuir algum dossiê
do passado ou abafamento de casos escusos através de conivência
com os tribunais (está aí o caso da compra ilegal da rede bobo
em São Paulo que está sendo empurrado com a barriga há
quase dez anos). Se não der para calar a Imprensa, tentam calar a Justiça.
Muitos juízes abandonaram a ética em troca de alguns níqueis.
Venda de sentenças tornou-se negócio lucrativo.
Os integrantes da classe média (os que efetivamente pagam as contas
mesmo sem reajustes adequados nos salários enquanto bancos lucram
mais de 200% por ano) agora reclamam que os serviços públicos
estão falidos, as balas entram em suas janelas e os dirigentes são
incompetentes (mas votam sempre nos "mesmos" há 30 anos). Reclamam
que são sangrados pelos impostos e nada funciona. No entanto, jamais
perceberam (ou fingiram não ouvir) os clamores dos abandonados (quando
eram poucos, seria mais fácil acolhe-los e dar-lhes meios de viverem
dignamente) que viviam em condições degradantes nas cercanias
de seus condomínios. E pela falta de cultura (proposital para manipular
eleitores com o advento da urna eletrônica já não
precisam deles) e de conhecimento, esta população de marginalizados
se multiplicou dentro das adversidades além do que uma cidade pode suportar
com equilíbrio para manter um mínimo de dignidade de vida para
seus habitantes. Os demagogos da época traziam operários baratos
do Nordeste para as empreitadas portentosas e depois das obras terminadas, não
cuidavam para que os recrutados retornassem às origens. A multiplicação
desordenada de favelas atingiu o auge.
Em paralelo, os abutres estrangeiros, que durante 450 anos levaram nossos
insumos para o exterior através do uso da força, nos últimos
50 anos mudaram de técnica. Planejaram e desenvolveram um sistema forte
de corrupção nos postos de comandos de nossas entidades. A manipulação
do painel eletrônico no Senado deveria gerar uma passeata da população
exigindo uma limpeza exemplar desta instituição mas o povo
foi doutrinado a se manifestar em grupo apenas para eventos esportivos
os moradores da Rua Alzira (RJ) só se unem de 4 em 4 anos, na copa mundial
de futebol os empregados escravizados do comércio se distraem
com a série "Big Besta Brasil". Fortaleceram o amordaçamento
cultural de nossas cabeças pensantes honestas. Degradaram com nossas
entidades militares reduzindo suas verbas (soldados precisando levar lanche
para o quartel) e deixando de ouvir as vozes patrióticas defensoras de
nossos símbolos de orgulho. E para evitar surpresas mais à frente,
realizam uma lavagem cerebral constante em nossos herdeiros através das
drogas químicas (injetadas pelo nariz, boca e veia) e pelas visuais (injetadas
diretamente para o cérebro através de TODOS os meios de informações).
Até os líderes espirituais se calaram e reduziram suas aparições
em público em defesa de seus "rebanhos". Não esclarecem
os participantes de seus direitos nem os convoca para debates sociais. Limitam-se
a repetir as páginas da Bíblia TODO dia e passar a sacolinha para
arrecadar fundos. Nossas crianças não sabem hastear nossa bandeira
e não cantam mais nas escolas os Hinos em louvor à pátria,
que nos faziam chegar às lágrimas nos meus tempos de Pedro II.
Depois de tantos desvios de verbas (Maluf, Georgina, Cacciola, Lalau, Silveirinha,
João Alves, PC Farias, Waldomiro, mensaleiros, panetoneiros e outros
tantos larápios e escândalos arquivados: Ferrovia Norte-Sul,
Coroa-Brastel, Pasta rosa, SIVAM, SUDENE e outras dezenas de siglas) acobertados
por elementos que se escondem nos gabinetes dos suntuosos palácios dos
governos, da justiça e dos legisladores, o caos chegou para nos envolver
com brutalidade. A guerra civil que eu imaginei para daqui a 30 ou 50 anos só
precisa de um decreto para ser reconhecida AGORA, pois a falência de comando
já foi evidenciada há anos em todas as esferas de gerência
pública. Só os comandos marginais estão se tornando mais
fortes, aproveitando-se da falta de humildade e do excesso de vaidade dos dirigentes
incompetentes. Como um Estado (RJ) não tem competência para manter
preso UM sujeito que passa a viajar de avião mensalmente pelo Brasil?
Como os grupos de 20 ou 30 marginais dominam um bairro com 50.000 moradores?
Nem São Paulo, o Estado mais adiantado financeiramente nos oferece um
modelo que nos propicie tranqüilidade para circular pelas ruas e voltarmos
vivos para casa.
E no meio desta algazarra de terror, quando cada cidadão de bem não
sabe se estará vivo no próximo minuto, surgem "mágicos"
que prometem erguer muros em favelas para plantar paz e tranqüilidade nas
ruas para que a população possa praticar suas atividades em prol
de seu bem estar e do necessário desenvolvimento do país. Mas
como será isto possível se nosso calendário já está
saturado de feriados ao longo do ano e outros tantos são decretados de
surpresa por parte dos bandidos que fecham o comércio, colégios
e vias de transportes? Não dá para contar com a polícia,
pois enorme parte dela está corrompida pelos desmandos dos que tinham
obrigação de mantê-la moderna, eficiente, bem paga e orgulhosa.
Muito antes da polícia se tornar abandonada e desmantelada, nossas entidades
encarregadas de definir Leis e obrigar seu uso para TODOS os níveis sociais
já estavam podres pela lama composta por falta de patriotismo, cidadania
e respeito ao eleitor contribuinte refém de urnas eletrônicas suspeitas
e obscuras. Jamais passa pelas cabeças dos nossos dirigentes desengarrafar
os tribunais e aplicar as Leis aos que merecem ser punidos: a maioria de seus
pares! E o povo, anestesiado por novelas vazias, futebol de baixa qualidade,
carnaval drogado e shows de bêbados, não percebe o buraco para
o qual está sendo empurrado. Talvez porque a lama seja macia e não
queime a pele. Apenas a alma. Chamam de gênio um inocente
que pronuncia uma frase com 5 palavras no Big Besta Brasil. Elegem
comediantes semi-analfabetos para a casa legislativa (já lotada de gozadores).
Agora surgem falsos líderes com soluções mirabolantes
para reduzir a criminalidade urbana em todo o país. Policiamento ostensivo
(mesmo com policiais escondidos atrás de postes e delegacias fechadas
após 22 horas?), barreiras em ruas, com carros sem motor e policial portando
um enferrujado 38 enquanto sua família está exposta na comunidade
desamparada. No Rio, recentemente, propuseram construir muros e deslocar moradores
da Rocinha para Santo Cristo. Jamais disseram que invadiriam as favelas com
estruturas e lá criariam postos policiais (no ponto mais alto), escolas,
postos de saúde, bombeiros, praças esportivas, sistema de captação
de água e de esgoto. Em suma: criariam condições de gerar
atividades profissionais para que as populações locais pudessem
ocupar seu tempo com atividades para enriquecimento de suas VIDAS e não
das contas bancárias dos marginais locais (que portam armas de fogo)
e de seus patrões (que portam canetas mortíferas).
E nós, habitantes da terra sem lei (ou melhor: das leis que só
são aplicadas contra pretos, pobres e putas) vagamos em busca de uma
luz em algum túnel (a esta altura até formigueiro serve) que possa
nos indicar uma forma de sobreviver em paz. No entanto, não escutamos
nenhuma voz partindo das entidades que outrora nos davam esperanças (OAB,
CNBB e outras tantas que acabam em B ou acabam com o BRASIL) de encontrar
o caminho que nos permita sobreviver com um mínimo de dignidade e a certeza
(95% está ótimo) de que nossos herdeiros retornarão ao
lar sem ferimentos para nos dar um beijo antes de dormir. Quando um Arnaldo
Jabor emite uma declaração verdadeira e corajosa, é afastado
da tv para que suas palavras não despertem idéias dentro das cabeças
de pessoas lúcidas que podem pressionar para a mudança deste cenário
podre. Um Senador como Buarque, que prega a educação como base
para mudar as estruturas podres que nos sustentam (por quanto tempo mais?) não
recebe espaço para desenvolver suas teses.
Numa sociedade comandada pela ditadura militar, as vozes são caladas
pelas armas de fogo, pelas torturas, pelo medo, pelo exílio. Dentro da
democracia econômica-cultural, as vozes são caladas
pelo emburrecimento da grande população, que não tendo
acesso à compreensão da informação, torna-se surda,
cega, muda e atrofiada e transforma-se numa marionete dócil e fácil
de ser conduzida por elementos que cerceiam esta liberdade de conhecimento que
é a única forma de elevar a qualidade de vida e estabelecer a
independência de uma nação.
Sem uma ruptura (lenta demora 250 anos veloz demora 10) com estas correntes
que nos asfixiam e nos tolhem os movimentos na busca de nossa verdadeira independência,
estamos condenados a pelo menos mais 500 anos de obediência colonial aos
abutres que sugam nossas riquezas com o aval das nossas autoridades.
Ou até que nossa terra esteja exaurida e que novas fontes de riquezas
mais lucrativas sejam loteadas fora de nossas fronteiras. A partir daí
nos igualaremos ao Haiti.
Nem todos possuem condições de sair deste inferno para ir morar
na região de paz do golfo pérsico! Desejo para o qual estamos
sendo impelidos pela conduta de autoridades que não se importam com as
10, 20 ou 30 mortes brutais diárias em várias regiões do
país. Os números que prendem suas atenções são
oriundos dos acordos monetários articulados com os marginais de todas
as esferas e de todas as espécies. Usando ternos italianos ou bermudas.
A implantação das famosas UPPs (se operadas conforme a teoria,
são ótimas) trouxe algum ganho efetivo para as comunidades eleitas.
Só pecou por um detalhe: esqueceu de prender os bandidos
e recolher suas armas.
Enquanto não prenderem legisladores e juízes corruptos, empresários
sonegadores, matadores usando veículos e reduzirem os lucros anuais de
banqueiros de 250% para o dobro da inflação anunciada, não
sobrarão verbas para serem aplicadas nos programas sociais que possam
oferecer condições dignas para que os abandonados pela sociedade
hipócrita deixem de produzir legiões de elementos para cometerem
barbaridades urbanas com requintes de fazer inveja ao diabo. A partir das ações
acima, teremos bons exemplos para seguir e deixaremos de estacionar em local
proibido, avançar sinais, jogar detritos no asfalto, furar filas e outros
atos danosos.
Enquanto a lucidez não penetra nas cabeças anestesiadas por
baboseiras exibidas em programas do tipo Big Besta Brasil, Gugu, Xuxa, Ratinho,
Faustão, Angélica e outros genéricos não
citados, teremos de exercitar nossa habilidade e contar com a sorte para sobreviver
neste território minado pelas atitudes que contradizem a ética
profissional e a moral familiar. Se até as igrejas foram subornadas
com verbas para recuperar suas edificações abaladas, quem vai
orientar o rebanho para um local seguro? Se a UNE agora recebe verba
federal, que lideranças estudantis lutarão para assegurarem um
futuro digno para eles mesmos?
Cada elemento da sociedade que pretende uma melhor qualidade de vida tem para
escolher uma das atitudes:
a) Ficar entocado torcendo para que seu carro, sua casa e sua família
não se tornem nota principal da imprensa como vítima aleatória.
b) Reunir, propor, debater, decidir, registrar, encaminhar, pressionar os incapazes
que usam seu imposto para cobrir suas mordomias.
Afinal de contas: quem são os ratos?