A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Daremos o troco?

(Haroldo P. Barboza)


Há mais de 50 anos os abutres estrangeiros já sabiam que as reservas naturais da Europa estavam esgotadas e as riquezas da América do Norte eram para uso próprio. Portanto, teriam de criar um processo de obter recursos brutos em países onde os mesmos eram (e continuam sendo) abundantes. Existem três caminhos para conseguir os insumos:

a) pagando o preço justo pela mercadoria;

b) tomando pela força;

c) corrompendo autoridades para obter os produtos por preço ínfimo.

A 1ª opção não interessa pois transfere moeda a um país que pode crescer (deixando de ser colônia) e se tornar gigante como o atual comprador.

A 2ª opção, além de cara (pode ser demorada), causa impacto negativo se muitos nativos morrerem em busca do produto desejado. Atualmente estão conseguindo criar "guerras" entre "aliados" (trouxas) e o país dono do produto ambicionado. Depois, promovem uma "intervenção para restabelecer a paz" e conseguem o que precisam.

A 3ª opção é mais barata. Basta subornar os governantes com algumas migalhas de ouro para assinarem contratos seculares pela posse do produto necessário extraído por baixos salários.

No Brasil, enquanto existiam patriotas nos postos de comando, foi difícil conduzir este processo com alto sucesso. As resistências eram enormes e repercutiam a favor da defesa do que era nosso. Mas os abutres jamais desistiram de seu objetivo. Ao longo dos últimos 40 anos eles insistiram na prática da compra de consciências, conjugada com a destruição dos valores familiares e patrióticos através da mídia pesada, controlada pelas poderosas empresas patrocinadoras. E nos últimos 12 anos, pisaram fundo no acelerador, corrompendo a Justiça e as entidades que um dia tiveram a confiança da população. Agora, tudo é feito às claras, sem receio de reação, pois sabem que a impunidade se instalou no país, a partir do primeiro escalão. Dezenas de medidas foram adotadas neste período enquanto o povo foi distraído com novelas, carnavais sem roupas, futebol de baixo nível e shows rebolativos. Eis alguns pontos em que a população foi agredida severamente:

a) congelamento dos salários;

b) congelamento da tabela do IR;

c) sucateamento da educação e da saúde;

d) aumento dos itens básicos (remédios, alimentação, energia e comunicação);

e) impedimento da aquisição da casa própria;

f) desmantelamento das forças armadas.

Além destes (procurem lembrar-se de outros), ainda temos de conviver com a violência gerada pela soma de todos estes problemas fabricados e pelo envolvimento das autoridades com este "negócio" que movimenta cifras equivalentes a 5% do PIB. Apesar das urnas eletrônicas viciadas que estão sendo preparadas para a próxima eleição, será que saberemos dar o troco no momento de digitar o voto? Sugiro que para não ser traído pela memória, você coloque este artigo na porta de sua geladeira junto com os lembretes que já estão lá. E se concluir que no cesto de ratos não dá para distinguir um bom coelho, vote NULO!

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