Nosso país foi designado a não dar certo pelos gestores internacionais
para evitar que surja um novo integrante no fechado círculo dos países
ricos que decidem os rumos da humanidade e passe a vender seus insumos por preços
justos. Melhor que ele permaneça eternamente subjugado, devedor eterno
e propiciador de mão de obra abundante, desqualificada e barata, a ponto
de vibrar quando encontra emprego desgastante em lanchonete que lhe dá
a chance de ser o funcionário do mês com o retrato
pendurado na parede. Vai que passa por ali um produtor de novelas?
Nós, habitantes pacíficos e sem fibra desta terra outrora prometida,
estamos aqui apenas para validar a farsa das eleições (com urnas
manipuláveis) com nossos títulos de eleitor e para pagar pesados
impostos para sustentar as mordomias dos lacaios corruptos que se rotulam de
governantes e que se dobram às normas externas sem nenhum sopro de patriotismo
na alma. Nosso Estado não foi criado por normas consensuais
de pessoas que aqui moravam em épocas de construção das
bases familiares e sofreram quando a terra era de esperança. O modelo
de Estado foi copiado de terras européias, com pesada burocracia
para nos sufocar e direitos descritos de forma dúbia para nos confundir
e desestimular a procurá-los. Ele tornou-se inimigo daqueles que o sustentam
com suor e sangue sem receber nada em troca. Sangue de patriota que nos falta
nas veias para decidir nossos destinos sem a interferência externa. Fibra
que é escassa no espírito para buscar dignidade de viver e nos
contempla com o papel de eterna colônia sob nossos olhares hipnotizados
pela mídia amestrada.
Aprendemos docilmente a nos acomodar por observar que há 200 anos as
bananeiras nos davam farto alimento sem precisarmos cuidar da terra. Deitados
na rede, Bastava-nos esticar as mãos. Mas neste período, os abutres
se apropriaram destas terras e das sementes e agora nos cobram caro pela banana
que é nossa. Agora manifestamos indignação
sem eco, pois a população de zumbis fabricados pelas drogas químicas
e virtuais que povoam nosso território perdeu toda a percepção
do que seja um cidadão, com deveres e direitos. Não nos deram
a oportunidade de aprendermos tal conceito, pois substituíram os livros
por circos animados de passatempo. Ensinaram-nos a cultuar a malandragem no
lugar da ética. Criaram um cenário deprimente de comportamento
que nos envolve desde o nascimento em precárias condições
humanas e nos envergonha perante a opinião mundial. Se um furto ocorre
numa banca de jornais na Europa, logo dizem: -Um brasileiro passou por
aqui!.
A lama da corrupção adorna com pompa nossas instituições
outrora dignas de bom conceito. Sentados na arquibancada da miséria,
passamos a vida aplaudindo entusiasmados os parasitas que enriquecem de forma
escusa em troca de nossa queda de qualidade de vida.
Falta-nos pouco para constituir a maior tropa de legionários colonizados
de todas as épocas. Mais volumosa que as galeras romanas remando as grandes
embarcações do passado. Seremos sempre dóceis escravos
do "Sistema" e o chicote a ser usado é a indolor tv manipulada.
Amém.
Salve os senhores do mundo
Que estipulam nossos destinos
Jamais vamos desobedecer
Seremos sempre bons meninos!