Passada a desilusão do futebol com a perda da chance de ganhar o caneco,
criada pela maciça propaganda da imprensa que tentava nos convencer que
nossa seleção era imbatível, acordamos como se tivéssemos
caído da cama após encontrar um fantasma francês.
E como não é possível corrigir o resultado obtido pelo
time que se imaginou o mais forte do mundo e escorregou em sua vaidade e na
cegueira de seu comandante que não trocou as peças necessárias
(por incompetência ou por pressão de patrocinadores), resta-nos
agora engajar forças numa luta na qual realmente podemos decidir o resultado:
o futuro de nossa pátria.
Começaremos agora, modestos trechos superficiais de alerta sobre as eleições,
envolvendo as poucas opções de candidatos, a suspeita sobre os
poucos que ainda reluzem e os mecanismos sórdidos usados para montar
a encenação de um pleito que já pode estar com o resultado
pronto, tendo em vista a sistemática usada para coletar e apurar os votos .
Se lhe sobrou alguma indignação com o resultado que a seleção
obteve, não se desgaste indo ao aeroporto para chamar o técnico
de burro ou mercenário. Seja esperto e perceba que os atletas apenas
configuram um grupo de marionetes preparadas para iludir a cabeça do
povo aflito que não percebe que serve como massa de manobra. Use sua
lucidez para entender o quadro, montar sua opinião e esclarecer os que
trafegam no escuro, pelas vias escuras e esburacadas onde nossa dignidade vem
sendo pisoteada há dezenas de anos pelos abutres sustentados no poder
com os impostos que pagamos.