A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Fim da euforia (ou da alforria)

(Haroldo P. Barboza)


Passada a desilusão do futebol com a perda da chance de ganhar o caneco, criada pela maciça propaganda da imprensa que tentava nos convencer que nossa seleção era imbatível, acordamos como se tivéssemos caído da cama após encontrar um fantasma francês.

E como não é possível corrigir o resultado obtido pelo time que se imaginou o mais forte do mundo e escorregou em sua vaidade e na cegueira de seu comandante que não trocou as peças necessárias (por incompetência ou por pressão de patrocinadores), resta-nos agora engajar forças numa luta na qual realmente podemos decidir o resultado: o futuro de nossa pátria.

Começaremos agora, modestos trechos superficiais de alerta sobre as eleições, envolvendo as poucas opções de candidatos, a suspeita sobre os poucos que ainda reluzem e os mecanismos sórdidos usados para montar a encenação de um pleito que já pode estar com o resultado pronto, tendo em vista a sistemática usada para coletar e apurar os votos .

Se lhe sobrou alguma indignação com o resultado que a seleção obteve, não se desgaste indo ao aeroporto para chamar o técnico de burro ou mercenário. Seja esperto e perceba que os atletas apenas configuram um grupo de marionetes preparadas para iludir a cabeça do povo aflito que não percebe que serve como massa de manobra. Use sua lucidez para entender o quadro, montar sua opinião e esclarecer os que trafegam no escuro, pelas vias escuras e esburacadas onde nossa dignidade vem sendo pisoteada há dezenas de anos pelos abutres sustentados no poder com os impostos que pagamos.

  • Publicado em: 26/07/2006
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