Os conflitos arquitetados em maio de 2006 em São Paulo de forma orquestrada,
onde dezenas de rebeliões em presídios foram iniciadas em paralelo
e dezenas de pessoas ligadas à segurança pública foram
executadas, demonstra como os malfeitores planejam e executam seus projetos,
sem reuniões de cúpula, sem memorandos, sem escritórios
atapetados. Se nossas autoridades (de posse de toda estrutura que PAGAMOS com
nossos impostos) tivessem a mesma sincronia, todas as áreas sociais estariam
com 90% de seus problemas superados e teríamos tempo de desenvolver nosso
projeto como nação livre.
Mas a demagogia governista visando a perpetuação do poder nas
mãos dos incompetentes, deixa de lado as questões locais e se
preocupa em perdoar as dívidas de Cuba, Nicarágua, Gabão,
Moçambique, Haiti e Bolívia enquanto o BNDES se diz sem verbas
para financiar os recursos para que nossos nativos alavanquem o progresso desta
terra de líderes podres. Os distúrbios urbanos eclodem por dezenas
de fatores nascidos na incompetência de nossos dirigentes. Inclusive com
intuitos políticos, como em 2002 no Rio, quando a desordem na cidade
nos lembrava o Caos da faixa de Gaza e surpreendentemente se "acalmou"
com a eleição de Rosinha para Governadora do Estado.
A causa da violência urbana não está NAS favelas. Estas
já existiam antes de meu nascimento em 1945. Até meados de 1970,
quase 99,9% de sua população era de honestos trabalhadores pobres
sem condições financeiras para morar em local melhor. Os poucos
pilantras que lá moravam limitavam-se a pequenos e esporádicos
furtos em residências e lojas ou assaltos eventuais nas ruas da cidade.
Portavam no máximo, um revolver 38. O ambiente caótico e inadequado
foi mantido desta forma por décadas para servir de trampolim eleitoral
aos gatunos de terno que montam seus escritórios no coração
do asfalto. Quando elas possuíam 2000 ou 3000 pessoas e o uso de drogas
não era moda, não chamavam atenção do poder público
para suas necessidades básicas humanas. Agora que estufaram e se multiplicaram
em progressão geométrica, passaram a incomodar aos próprios
"bacanas" consumidores, pois a única maneira de serem escutados
é fechando pistas, queimando pneus, ônibus e ocultando os bandidos
que de alguma forma prestam-lhes a assistência que seria obrigação
do Estado, com fiscalização nossa (que nunca foi executada).
Hoje, os bandidos (que não chegam a 0,5% da população residente)
criaram micros empresas do crime (com aval das autoridades ao longo dos últimos
20 anos) e fazem do local sua trincheira privilegiada, usando os pobres inocentes
locais como escudos e massa de manobra para balbúrdias sob a força
do terror. Mas os escritórios de comando do crime de tráfico estão
instalados em valiosos apartamentos na orla marítima ou em gabinetes
dos palácios governamentais. É destes locais que nascem os telefonemas
encomendando as drogas e patrocinando a compra de armas pesadas e desmoralização
de algumas autoridades ainda interessadas em manter a ordem.
Com a abertura democrática concedida pelo Presidente Figueiredo, infelizmente
a vida política nacional foi tomada de assalto por um grande número
de perigosos marginais portando canetas em seus ternos finos e cheios de idéias
infelizes na cabeça. Criaram seus bandos e decidiram recuperar rapidamente
os valores que não puderam subtrair dos cofres públicos durante
a ditadura (tempo em que ainda existia respeito pela autoridade pública),
pois neste período eles foram obrigados a frear a ganância que
lhes incentivava o lucro fácil através de propinas nos contratos
públicos e nas gorjetas (mensalão) que recebiam para aprovar projetos
nocivos ao povo. Em nome da liberdade e escondidos sob a bandeira do "direito
de expressão e o direito de transitar", estes desajustados agitaram
as massas populares reprimidas criando falsas expectativas de atendimento para
os desprovidos de informação e cultura. Inicialmente incutiram
nos jovens que libertinagem é sinônimo de liberdade. Quem não
respeita a autoridade em casa, dificilmente irá respeitar as regras sociais
de preservação do direito alheio. Este cenário é
o mais propício para os que pretendem disseminar suas palavras e condutas
de falência da família. Criaram o caos urbano contratando nordestinos
desesperados pela seca (controlada) para inchar os centros urbanos sem nenhuma
noção de controle de natalidade, higiene familiar e cultura superficial.
Como é característica do ser humano, os moradores das comunidades
procuram seguir os exemplos das personalidades (formadores de opinião)
da sociedade onde vivem. Tentam portar-se como seus ídolos e usar objetos
similares (mesmos falsos). E se observam que seus governantes enriquecem velozmente
através de artimanhas ilegais e sem punição, são
contaminados por estas atitudes e tentam fazer o mesmo dentro de suas áreas
de atividade. Como não possuem canetas nem contas bancárias, alguns
usam armas de fogo para arrecadar os montantes subtraídos. E ainda disseminam
esta conduta dentro de suas famílias, onde netos matam avós em
busca de valores para adquirir o pó da morte. Desta forma, não
há como impedir o APODRECIMENTO da sociedade doente e sem forças
(ou vontade) de reagir.
Chegamos ao absurdo de sentir saudades do tempo em que as autoridades só
levavam 10% dos orçamentos que manipulavam. Se um responsável
pela saúde tinha nas mãos uma verba para construir 10 hospitais,
ele levantava nove e repartia o valor de UM entre os "colaboradores".
HOJE, ele fica com o montante dos nove (o grupo de subornados tornou-se maior)
e não chega a entregar um pronto, pois abaixo dele outros gerentes e
fiscais beliscam seus pedaços. Imaginem a proporção de
desvios se juntarmos as dezenas de áreas que nos afetam: agricultura,
educação, segurança, habitação, limpeza urbana,
estradas, ferrovias, comunicação, etc. Até alguns templos
religiosos adotaram este modelo de enriquecimento ilícito, se apropriando
de doações de bondosas idosas viúvas atordoadas com a perda
de seus companheiros. O montante acumulado daria para pagar nossa dívida
externa umas 4 vezes!
Naquela época poética, os meios de informações eram
menos aparelhados. Era mais fácil calar a boca de poucos jornalistas
bisbilhoteiros que desvendavam alguns escândalos. Hoje preferem calar
os donos dos jornais, rádios e tvs através da ameaça do
corte de patrocínio. Também pode ser com dinheiro vivo carregado
em cuecas. Pode ser através da chantagem sobre possuir algum dossiê
do passado ou abafamento de casos escusos através de conivência
com os tribunais (está aí o caso da compra ilegal da rede bobo
em São Paulo que está sendo empurrado com a barriga há
quase dois anos). Se não der para calar a Imprensa, tentam calar a Justiça.
Os integrantes da classe média (os que efetivamente pagam as contas mesmo
sem reajustes adequados nos salários - enquanto bancos lucram mais de
200% por ano) agora reclamam que os serviços públicos estão
falidos, as balas entram em suas janelas e os dirigentes são incompetentes
(mas votam nos "mesmos" há 30 anos). Que são sangrados
pelos impostos e nada funciona. No entanto, jamais perceberam (ou fingiram não
ouvir) os clamores dos abandonados (quando eram poucos, seria mais fácil
acolhe-los e dar-lhes meios de viverem dignamente) que viviam em condições
degradantes nas cercanias de seus condomínios. E pela falta de cultura
(proposital para manipular eleitores - com o advento da urna eletrônica
já não precisam deles) e de conhecimento, esta população
de marginalizados se multiplicou dentro das adversidades além do que
uma cidade pode suportar com equilíbrio para manter um mínimo
de dignidade de vida para seus habitantes. Os demagogos da época traziam
operários baratos do Nordeste para as empreitadas portentosas e depois
das obras terminadas, não cuidavam para que os recrutados retornassem
às origens. A multiplicação desordenada de favelas atingiu
o auge.
Em paralelo, os abutres estrangeiros, que durante 450 anos levaram nossos insumos
para o exterior através do uso da força, nos últimos 50
anos mudaram de técnica. Planejaram e desenvolveram um sistema forte
de corrupção nos postos de comandos de nossas entidades. A manipulação
do painel eletrônico no Senado deveria gerar uma passeata da população
exigindo uma limpeza exemplar desta instituição - mas o povo foi
doutrinado a se manifestar em grupo apenas para eventos esportivos - os moradores
da Rua Alzira só se unem de 4 em 4 anos, na copa mundial de futebol -
os empregados escravizados do comércio se distraem com a série
"Big Bobo Brasil". Fortaleceram o amordaçamento cultural de
nossas cabeças pensantes honestas. Degradaram com nossas entidades militares
reduzindo suas verbas e deixando de ouvir as vozes patrióticas defensoras
de nossos símbolos de orgulho. E para evitar surpresas mais à
frente, realizam uma lavagem cerebral constante em nossos herdeiros através
das drogas químicas (injetadas pelo nariz, boca e veia) e pelas visuais
(injetadas diretamente para o cérebro através de TODOS os meios
de informações). Até os líderes espirituais se calaram
e reduziram suas aparições em público em defesa de seus
"rebanhos". Nossas crianças não sabem hastear nossa
bandeira e não cantam mais nas escolas os Hinos em louvor à pátria,
que nos faziam chegar às lágrimas nos meus tempos de Pedro II.
Depois de tantos desvios de verbas (Georgina, Cacciola, Lalau, Silveirinha,
João Alves, PC Farias, Waldomiro e outros tantos larápios - e
escândalos arquivados: Ferrovia Norte-Sul, Coroa-Brastel, Pasta rosa,
SIVAM, SUDENE e outras dezenas de siglas) acobertados por elementos que se escondem
nos gabinetes dos suntuosos palácios dos governos, da justiça
e dos legisladores, o caos chegou para nos envolver com brutalidade. A guerra
civil que eu imaginei para daqui a 30 ou 50 anos só precisa de um decreto
para ser reconhecida AGORA, pois a falência de comando já foi evidenciada
há anos em todas as esferas de gerência pública. Só
os comandos marginais estão se tornando mais fortes, aproveitando-se
da falta de humildade e do excesso de vaidade dos dirigentes incompetentes.
Como um Estado (RJ) não tem competência para manter preso UM sujeito
que passa a viajar de avião mensalmente pelo Brasil? Como os grupos de
20 ou 30 marginais dominam um bairro com 50.000 moradores? Nem São Paulo,
o Estado mais adiantado financeiramente nos oferece um modelo que nos propicie
tranqüilidade para circular pelas ruas e voltarmos vivos para casa.
E no meio desta algazarra de terror, quando cada cidadão de bem não
sabe se estará vivo no próximo minuto, surgem "mágicos"
que prometem erguer muros em favelas para plantar paz e tranqüilidade nas
ruas para que a população possa praticar suas atividades em prol
de seu bem estar e do necessário desenvolvimento do país. Mas
como será isto possível se nosso calendário já está
saturado de feriados ao longo do ano e outros tantos são decretados de
surpresa por parte dos bandidos que fecham o comércio, colégios
e vias de transportes? Não dá para contar com a polícia,
pois enorme parte dela está corrompida pelos desmandos dos que tinham
obrigação de mantê-la moderna, eficiente, bem paga e orgulhosa.
Muito antes da polícia se tornar abandonada e corrompida, nossas entidades
encarregadas de definir Leis e obrigar seu uso para TODOS os níveis sociais
já estavam podres pela lama composta por falta de patriotismo, cidadania
e respeito ao eleitor contribuinte refém de urnas eletrônicas suspeitas
e obscuras. Jamais passa pelas cabeças dos nossos dirigentes desengarrafar
os tribunais e aplicar as Leis aos que merecem ser punidos: a maioria de seus
pares! E o povo, anestesiado por novelas vazias, futebol de baixa qualidade,
Carnaval drogado e shows de bêbados, não percebe o buraco para
o qual está sendo empurrado. Talvez porque a lama seja macia e não
queime a pele. Apenas a alma. Chamam de "gênio" um inocente
que pronuncia uma frase com 5 palavras no "Big Bobo Brasil".
Agora surgem falsos líderes com soluções mirabolantes para
reduzir a criminalidade urbana em todo o país. Policiamento ostensivo,
barreiras em ruas, com carros sem motor e policial portando um enferrujado 38
enquanto sua família está exposta na comunidade desamparada. No
Rio, recentemente, acabam de propor construir muros e deslocar moradores da
Rocinha para Santo Cristo. Jamais disseram que invadiriam as favelas com estruturas
e lá criariam postos policiais (no ponto mais alto), escolas, postos
de saúde, bombeiros, praças esportivas, sistema de captação
de água e de esgoto. Em suma: criariam condições de gerar
atividades profissionais para que as populações locais pudessem
ocupar seu tempo com atividades para enriquecimento de suas VIDAS e não
das contas bancárias dos marginais locais (que portam armas de fogo)
e de seus patrões (que portam canetas mortíferas).
E nós, habitantes da terra sem lei (ou melhor: das leis que só
são aplicadas contra pretos, pobres e putas) vagamos em busca de uma
luz em algum túnel (a esta altura até formigueiro serve) que possa
nos indicar uma forma de sobreviver em paz. No entanto, não escutamos
nenhuma voz partindo das entidades que outrora nos davam esperanças (OAB,
CNBB e outras tantas que acabam em B - ou acabam com o BRASIL) de encontrar
o caminho que nos permita sobreviver com um mínimo de dignidade e a certeza
(95% está ótimo) de que nossos herdeiros retornarão ao
lar sem ferimentos para nos dar um beijo antes de dormir.
Nem todos possuem condições de sair deste inferno para ir morar
na região de paz do golfo pérsico!