Ao longo dos séculos, a mulher foi subjugada e maltratada pelo homem.
No início dos tempos, pode ter sido algo em função de falta
de células genéticas corretas no cérebro do homem, que
a partir desta anomalia imaginava (alguns ainda continuam contaminados) que
a condução do mundo estava em suas mãos. Mas as mulheres
começaram a externar suas idéias de maneira tímida em vários
momentos da história. Suas fracas e desordenadas tentativas em obter
um merecido lugar dentro do contexto da sociedade sempre esbarraram na falta
de diálogo de seus parceiros e nos dogmas fabricados em "livros
sagrados" (escritos por eles). Elas preferiram não entrar em conflito
mais intenso talvez por falta de prática guerreira e amor integral aos
filhos. Esperaram demais e o mundo chegou ao caos atual. Uma análise
mais profunda deste contexto consumiria umas dez páginas. Deixo esta
tarefa para os historiadores mais capacitados e pacientes.
Ainda hoje, os vestígios do machismo desenfreado se fazem presentes
em várias partes do mundo. Muitas apanham caladas, diversas sofrem "cirurgias"
em suas partes íntimas ainda adolescentes, outras são impedidas
de estudar e outras são mal remuneradas mesmo quando trabalham melhor
que o homem. Mas elas contam com as fortes redes de comunicação
e já conseguem demonstrar suas capacidades mentais e físicas para
exercer atividades que muitos "machões" não encaram.
Em diversos pontos do planeta nascem entidades e movimentos que fazem questão
(justa) em defender seus direitos roubados ao longo do tempo. Já não
ficamos surpresos em encontrar uma dama manipulando uma escavadeira numa obra
pública ou particular. Ou mesmo numa incursão policial noturna
em busca de foragidos da Lei dentro de favelas.
No final de junho de 2003, tivemos a grata satisfação de observar
não uma, mas quatro mulheres comandando pela primeira vez (pelo menos
no Brasil) um espetáculo de futebol! O jogo entre São Paulo e
Guarani, realizado em Campinas no dia 29/06/2003, foi arbitrado por Silvia Regina,
auxiliada por Ana Paula e Aline Lambert. A 4a. árbitra não teve
seu nome destacado. E o melhor de tudo é que elas desempenharam um trabalho
quase perfeito, com poucos erros (toleráveis aos seres humanos - os homens
costumam errar 3 vezes mais do que elas fizeram).
Os cargos públicos começam a abrir espaço (ainda timidamente)
para que as mulheres demonstrem à sociedade de quanto são capazes
de superar a dificuldade de conciliar o lar com a vida pública. Dezenas
de jornalistas já possuem suas colunas respeitáveis em periódicos
de credibilidade, para exibir sua competência comandando noticiário
em horário nobre, trazendo as notícias com simplicidade e clareza.
Este fato é um marco importante não só no Brasil. Mostra
ao mundo do quanto nossas beldades são capazes. Temos de acabar com o
mito de que nossas nativas são eficientes apenas para exibir suas belas
silhuetas para fins comerciais e turísticos. Espero que em curto espaço
de tempo tenhamos a maioria delas no poder (precisamos votar nelas), inclusive
na presidência. E que não demore muito a chegar o dia em que teremos
uma Papisa no Vaticano. Um dia "eles" terão de ouvi-las.
Um grande grupo de inseguros alega que elas possuem menos neurônios
e por isto não estão habilitadas a participar de decisões
sobre o rumo da humanidade. Até concordo que temos mais neurônios
que elas. Vejamos a tabela abaixo (números hipotéticos).
A mulher possui 10.000 neurônios, que se dividem em 4.000 "maus"
e 6.000 "bons".
O homem possui 40.000 neurônios! Que beleza! Do seu lado, alinha 12.000
"bons". Que maravilha! Apenas não conseguem superar os 28.000
"maus" que infestam seu corpo, corroendo sua mente com a intolerância,
a ganância, a teimosia e a insensibilidade! Criando os ícones maléficos
que corroem as mentes fragilizadas de nossos jovens lesionados por drogas químicas
e virtuais (Big Bobo Brasil).
Excluindo as poucas donzelas que já foram doutrinadas por facínoras
de gravata do planalto, nosso povo já tem o que venerar em termo de heroínas
que transcendem seu importante papel de preservação da espécie
humana (ainda que necessitem por ora, da sociedade com o homem). Estas bravas
fêmeas exibem uma coragem acima da média, por defenderem com dignidade
suas posições convictas da verdade que, ao lado da educação
para análise da informação, é o único caminho
que pode nos conduzir para fora do abismo escuro que nos mantém eterna
colônia dos abutres internacionais que tentam comandar nossos destinos
através do aval dos corruptos profissionais e dos inocentes úteis
deslumbrados pelo brilho efêmero das lantejoulas do podre poder. Com a
conivência de um povo domesticado por uma cultura pífia exibida
pela tv que se prende ao lucro material em detrimento do lento apodrecimento
de nossos valores culturais e morais. Já não tão lento
atualmente.
Elas não querem lutar contra eles, mas ao seu lado. Se o homem sozinho
não foi capaz de criar um mundo agradável para nós ao longo
dos tempos, que seja esperto e faça parceria com aquelas que possuem
maior facilidade para enxergar caminhos iluminados pela esperança, regados
pela ternura e floridos pelo amor.
Está mais do que na hora deste país passar o comando às
mãos das MULHERES, tendo em vista que nos últimos 500 anos (com
maior força nos últimos 100), os homens jamais colocaram como
prioridade a busca da afirmação de nossa dignidade. Mostraram-se
servos dóceis daqueles que manipulam as altas somas do capital turístico
que passeia pelo mundo e hiberna em algumas localidades pelo período
necessário a exaurir as riquezas locais através do suborno que
corrompe neurônios defeituosos oriundos de um sangue sem fibra!