Para reduzir ao mínimo os riscos de acidentes, má interpretação
de rotinas e sabotagens, provavelmente os mega-sistemas existentes no planeta
utilizam normas rígidas de atividades mecanizadas, ações
paralelas e seqüenciais praticadas por seres humanos e de senhas informatizadas
trocadas periodicamente para que os mesmos entrem em funcionamento ou sejam
paralisados. Dentre estes mega-sistemas estão: disparos de mísseis
nucleares, controle de energia, redes de comunicações, vôos
comerciais, cofres do dinheiro público.
O aparato usado certamente não é barato, mas tal custo faz-se
necessário em função das mentes doentias ou mal orientadas
que exercitam o poder e disseminam idéias agressivas entre seus "súditos".
De repente algum neurótico resolve purificar o planeta e aperta o botão
que servirá para ativar um novo "big-bang".
Provavelmente, numa escala menor, porém ainda sofisticada, comunidades
que pagam altos impostos esperam que a proteção dos bens públicos
seja realizada com alta segurança e responsabilidade. Não foi
o que se viu no assalto realizado ao Banco Central em Fortaleza no início
de agosto de 2005. Neste evento, diversas situações de segurança
foram facilmente burladas por meia dúzia de sujeitos 10% mais espertos
que os designados para guardar o nosso dinheiro. Por este exemplo, percebemos
a forma relaxada com que nossos governantes gerenciam nossos bens. Por isto
não nos causa espanto que nossas riquezas minerais sejam subtraídas
de nosso solo através das desertas fronteiras em volta de nosso território
há dezenas de anos. Nem que armas e drogas entrem pelos portos através
de barquinhos de isopor, bicicleta ou asa delta.
Mas o pior é sabermos que as "proteções" são
fornecidas por firmas terceirizadas que cobram elevadas mensalidades para prestar
os serviços pelos quais foram contratadas. Em suma: os signatários
dos contratos arrecadam milhões (principalmente na parte superfaturada)
nos acordos firmados. Os empregados que executam as funções descritas
nos manuais, recebem uma migalha. São explorados, passam o tempo resmungando,
relaxados e não percebem nem um elefante magro atravessando um buraco
de rato gordo. E este dinheiro que desce pelo ralo direto nas contas dos ratos,
é acumulado com nossos impostos!
Talvez por isto um assessor de Deputado tenha justificado achar mais seguro
carregar milhares de notas do "mensalão" dentro da cueca!