A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Ser Mulher

(Priscila de Loureiro Coelho)

Estamos numa época em que celebramos a conquista da mulher ao exercer seus direitos, ao buscar igualdade e respeito dentro da sociedade, ao obter condições justas e dignas no âmbito de trabalho. Nos vemos cercadas por discursos, manifestações, cumprimentos e comentários, que ressaltam o valor da luta, a garra que nos propiciou chegarmos até onde estamos, a persistência em insistir naquilo que acreditamos e toda sorte de qualificativos que expressam a força da mulher.

Não raras vezes nos vemos envolvidas em apologias à nossa batalha, que segue seu curso em busca da consolidação de cada espaço e reconhecimento de tudo que incansavelmente perseguimos através dos tempos.

Vale, no entanto, ressaltar que em meio a este quadro de luta, de briga, de perseverança, de paciência incansável, permeia a docilidade que nos é própria e que, a bem da verdade, é nosso melhor atributo.

A ternura, a capacidade de empatia, a sensibilidade, compõem em essência nosso caráter e a natureza de nosso sexo.

Aos desavisados pode parecer que a mulher, sendo vista como guerreira, seja alguém afeita a força bruta ou a atitudes explosivas.

Longe disso, há dentro de nós uma autêntica guerreira inteligente e amorosa. Uma mistura quase poética de força e ternura, de alegria e seriedade, de infinita capacidade de dar-se e de um egoísmo singular...

Assim, seja a amorosidade, que nos é intrínseca, o instrumento adotado para nossas atividades, utilizada em nosso cotidiano como pano de fundo de nossa verdadeira luta, que é promover o amor em sua forma mais bela, simples e autêntica.

Ser mulher é uma dádiva especial, uma honra que o Criador nos deu.

Ser mulher é expressar em atos a idéia que Deus concebeu ao idealizar o amor.

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