A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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O Coito Infiel das Viúvas - Parte 2

(Celso Manhiça

Um cardume de peixe-menina raptou-me na "costa do sol" e começou a abusar do meu sexo gordinho... Oohh...Não!... Não!... Nããooooo!....despertei num salto, todo eu suores. Levantei-me da cama todo nu; apalpei as paredes do quarto até encontrar o clítoris do interruptor e... Zap!!.. Um orgasmo de luz! Os seios dela estavam descobertos pelo lençol; duas peras maduras; as duas coisinhas mais bonitas que eu já vi na minha vida! Como é que uma laranja tão chupada tinha ainda tanto sumo para dar?

Ela despertou e perguntou-me pelas horas. Vai p'ras zero! Posso dormir aqui contigo? Não!! Vai dormir com o teu marido! Meti-lhe no orifício dum táxi e despachei-lhe para os braços do marido eunuco, o não alegrador das vontades bíblicas da mulher.

Já passou um ano cheio, desde que pendurei a trouxa no saquinho. Trezentos e sessenta e seis dias sem pôr o falo na associação de gigolos. Como é que acham que eu me sinto?... ter que sair todas as manhãs com o "dezanove centímetros" dentro das calças e não poder mostrar às munícipes quão grande e adestrado ele é!... Sinto-me o último dos espermatozóides; Sinto que a minha vida está a viver sem mim. Sabem o que é que me dava pica mesmo?... vender o gordinho p'ras viúvas! Ah... isso SIM!

Doutra vez acertei a esposa dum grande. Instalamo-nos numa pousada barata de Bilene. lençóis limpos, matabicho a horas, eu... nu, a fazer de sobremesa. Ela mandou-me dar uma voltinha. Lá dei a tal voltinha. Perguntou-me: As macacas? Cortei! E essa tatuagem no rabo? Minha senhora, preocupe-se com o que está à frente e não atrás! Fomos ao êxtase e voltamos. No dia seguinte, eu e ela, de mãos dadas, a chutar a água da praia. As pessoas a pensar: "Que bonito. Mãe e filho..." Mas quando meti a mão nas cuecas dela, atrás do rabo, essa ideia de "mãe e filho" morreu de susto! Um ranhoso, pseudo-jornalista dum pasquim qualquer, reconheceu a senhora e foi queixar lá no jornal dele. Sabem como é que terminou o "Maria-queixinhas"? Teve que vender os rins dos filhos para pagar o advogado sodomita dele.

Quando se é bom numa coisa, não se lhe deve fazer de graça. Esses prostitutos novatos; esses ningrinhas mal-aventurados que andam a besuntar os beiços com lips e a fritar a carapinha com skell, não piam comigo. Eu não sou monhé! Levanto sempre a tampa da sanita antes de mijar. Nunca vendi o meu sexo a homens nem a bordéis. Andam a dizer quer sou uma cueca velha. Antes uma cueca velha que uma calcinha nova. Chegará o dia em que vou caçá-los um-por-um, amarrá-los a uma mafurreira e sodomizá-los até a morte! (Para ver se ganham juízo no céu!).,

Uma vez fui tramado por uma cliente. A passarinha pagou-me uns tostões para ter sexo na WC feminina do "Teatro Matchedje". Alinhei! Sentamo-nos lado a lado a ver os patetas a actuar. Eu disse-lhe no ouvido: Levanta daí a passarinha e voa pró céu! Ela levantou-se e foi. Eu segui-lhe. (Galo que segue pato morre afogado!). Chegados ao quarto improvisado, a passarinha soltou a franga ou, tanto faz, a franga soltou a passarinha. O gordinho sem prepúcio copulou na caverna de mel. Fazer sexo numa WC pública é como saltar de pára-quedas.

Não é que, depois do aaaaaahhhhhhh......., a passarinha saiu da casota aos berros, dizendo que a violei. Ora essa!... Porque é que eu havia de querer à força uma coisa que consigo de graça!? Ninguém me engoliu. Fui dormir na cela dos sodomitas da primeira esquadra; ferrei de pé e de costas p'ra parede, para proteger o templo! De manhãzinha, entrei em negociatas com os safardanas e pus-me ao fresco. Matutei, matutei, matutei e cheguei a um veredicto: Aquela senhora, a cabeça dela ainda está a caminho. Vocês já devem ter visto o meu anúncio no jornal: "Gordinho sem prepúcio, oferece Banquete de Estado às senhoras. Ligue 82xxxx69 e coma até raspar a panela". Bastava não ser mongolóide, nem ter bócio ou pé-de-elefante eu ia com ela. Sem apartheid nem tribalismo. Mas há sempre aquela pergunta que não quer calar a boca: Afinal o que é que eu fiz da minha vida? Bem, fundei uma associação de gigolos. Dei litros de sémen por ela, metros cúbicos de suor, quilowatts da minha energia, para que os gigolos deste país tivessem um colchão e um prato de lentilhas nos intervalos da labuta. Se fosse para fazer tudo de novo, eu faria. Só não comia a passarinha no "Teatro Gungu".

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