Gosto de tomar decisões, mesmo que isso implique uma brusca mudança
em minha vida. Sempre fui assim, desde criança. Isso não significa
que tenha tomado sempre as decisões acertadas. Claro que errei, mas fiz
questão absoluta de sempre decidir. E os erros me ensinaram, sem dúvida.
Também sei pedir desculpas, reconheço minhas falhas. Hoje, porém,
mais do que nunca, estou bastante seletiva em relação a tudo. Não
é qualquer coisa que prende minha atenção, não é
qualquer assunto que me interessa, não é qualquer pessoa que me
convence. E uma regra é básica: se não estou bem com alguém
ou em algum lugar, retiro-me. Digo adeus. Faz parte da educação
que tive. O que posso esperar das pessoas é compreensão e respeito
para com minhas atitudes. Nunca parto para ofensas, apenas exerço meu direito
de cidadã, ou seja, de ir e vir, de acordo com a minha vontade. Gosto de
me respeitar, assim como aos outros.
Quando criança, dizia que jamais entraria numa igreja vestida de noiva.
Achava feio, me parecia fantasia. As pessoas insistiam que era o sonho de todas
as mulheres. Não meu! E não me casei, optando por um relacionamento
estável que já dura décadas, graças à idéia
que tive de vivermos em casas separadas. Poupa desgastes, com certeza. Nunca fomos
menos amigos ou amantes por causa disso.
Sempre dói saber que, por motivo fútil, se perdem amizades. Faço
questão de conservar aquelas que realmente suportam mudanças: maremotos,
vendavais, vulcões... A essas, dou-me por inteiro, pois provam que, acima
de tudo, conhecem e respeitam o livre-arbítrio.
Atualmente, há em mim um forte desejo de mudança. A estagnação
me causa opressão. Anseio percorrer outros caminhos, ousar! Até
na escrita, por vezes, tento. Não sei se consigo, mas tenho certeza de
que não caio na mesmice, embora possa pecar no quesito "perfeição".
Não me incomoda. É um exercitar sadio, um esforço considerável
e a energia gerada me é sempre benéfica.
Jamais deixarei de ser assim. Sou estável nas amizades e gosto de saber
quando há, de fato, reciprocidade, que independe de normas pré-estabelecidas,
de opiniões sempre concordantes. Não! Existe a questão "individualidade".
Por isso e por outras coisas, sempre digo: sou única, como todo ser humano.
Não existe uma pessoa idêntica a outra e esta é uma razão
forte para que aceitemos as diferenças. Isso torna a vida rica, repleta
de descobertas interessantes.
Infelizmente, muitas pessoas não aceitam verdade e lidam com a suposta
e absurda meia-verdade. Não insisto em manter amizades(?)que o tempo provou
não passarem de bolhinhas de sabão! Gosto de ser ética, abomino
intrigas e falo o que sinto. Faz parte de mim. É minha essência.
Acabei de tomar meu Amaretto on the rocks, que adoro. Continuo lendo "Anjos
e demônios", pois é vital para mim estar com um livro, ouvindo
uma música,um poema, um caso...
Fico por aqui. Agora estou indo para o curso de "Contadores de Histórias",
convite maravilhoso que recebi de minha amiga Teresa Mello. Aliás, amiga
há trinta anos! Isso prova que uma amizade verdadeira não morre.
Ela ultrapassa até vulcões em ebulição e ainda chega
sorrindo, bonita e em plena harmonia, comigo e com a vida! Brindemos!