A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Ânsia de Liberdade

(Belvedere)

Ao chegar do evento, ainda impregnada pelo cheiro de flores, ouvindo os ecos dos lamentos, deitei-me.

Cobri-me mentalmente de pétalas de rosas, e imaginei-me em um sarau onde cítaras emitiam sons... Vi flores espalhadas pelo chão. Begônias, lírios, rosas, camélias...

Acendi um incenso. Estava tão fora de mim que não sabia mais o que fazer. Queria chorar, mas as lágrimas estavam represadas.

Entoei um mantra.

Balançava a cabeça, chegava à janela, olhava o céu...

Senti por alguns segundos que meu lugar não era mais aqui. Ansiei por um par de asas.

Queria voar, voar, e nunca mais voltar!

  • Publicado em: 17/11/2003
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