A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Essa carapuça

(Armando Sousa)

Verdade, tudo isto e para ti se te servir; espantei-me com tua hipocrisia

Nunca na vida pensei que te pudesse acusar com verdades que me deixaram retalhado

Não quero falar só do meu mar, das fraquezas que governos nos impôs

Desde meu Portugal ate ao teu Brasil

Quero falar sim, da verdade que não te couve nos olhos

Sabemos que se construíram longas estradas, mas ainda resta muito bravio ate chegar ao abismo onde me quiseste lançar.

Esse bravio onde te quiseste fazer pensador, sem bases da verdade com que me acusas-te.

Foste hipócrita ao não analisares o que escrevias, e porque o escrevias.

Querias te mostrar macho para essas senhoras das calçadas e grutas de jardins.

Eu não falava dessas profissionais; essas tudo tinham oferecido, e tudo recusei;

Sim, essas se tinham iniciado a escrever para se oferecer... mas pensavas que iria trocar a honestidade duma verdadeira mulher, por um pouco de estrume, curtido com um pouco de bica e silicone?...

Sei que a memória dilata luz tão intensa que te cega, congelando teu sangue hipócrita; assim paralisado em teu pensamento, defende a mentira, acusando um poeta que não e de tua pátria, mas fala a tua língua, e vê o que se passa no mundo com alguma de tua gente; gente essa que tornara um Brasil de jeitinhos, num Brasil de honestidade, conquistada com dor nas terras que lhe serviram de pátria de seu pão.

As correntes dos mares, deram ao sangue que te escreve o saber discernir o bem do mal

Essas águas de dentes amarelados que engoliram muitos de meus avos, são as fronteiras que nos separa... entre as minhas verdades e tuas besteiras.

Verdade, quando as pedras ardem, eu as levanto procurando segredos de fadas,

Tantas vezes se levantam monstros como tu, para me linchar; dessas labaredas que deveriam queimar o lixo em que te enrolas.

Tu hipócrita, apareces entre essas damas cheias de sílex das grutas de jardins para as incitar ao linche.

Estas, me comem e esfolam a razão; se escondendo debaixo de sua malcriadez mentirosa e diferença de língua.

Ficas confuso e deslumbrado; sem procurares conheceres razão e verdades.

Com teus insultos na boca, ficas em silencio grave como sapo inchado; ou estatua inertes repousando da confusão, dando como escusa amor a teu torrão, deixando a verdade sofrer.

Não hipócrita; ainda não sarou a ferida que tua inveja e maldade incutiu na minha mente

Verdade quase desfaleci como poeta; mas com o esquecimento matei tuas investidas mentirosas.

quando estiveres ardendo na fogueira do remorso, deves rever o que me disseste e pedir perdão; ate lá arde em fogo vivo, nunca te esquecendo que insultastes um poeta que escrevia verdades.

(de Toronto, Ontario - Canadá)

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