Verdade, tudo isto e para ti se te servir; espantei-me com tua hipocrisia
Nunca na vida pensei que te pudesse acusar com verdades que me deixaram retalhado
Não quero falar só do meu mar, das fraquezas que governos nos
impôs
Desde meu Portugal ate ao teu Brasil
Quero falar sim, da verdade que não te couve nos olhos
Sabemos que se construíram longas estradas, mas ainda resta muito bravio
ate chegar ao abismo onde me quiseste lançar.
Esse bravio onde te quiseste fazer pensador, sem bases da verdade com que me
acusas-te.
Foste hipócrita ao não analisares o que escrevias, e porque o
escrevias.
Querias te mostrar macho para essas senhoras das calçadas e grutas de
jardins.
Eu não falava dessas profissionais; essas tudo tinham oferecido, e tudo
recusei;
Sim, essas se tinham iniciado a escrever para se oferecer... mas pensavas que
iria trocar a honestidade duma verdadeira mulher, por um pouco de estrume, curtido
com um pouco de bica e silicone?...
Sei que a memória dilata luz tão intensa que te cega, congelando
teu sangue hipócrita; assim paralisado em teu pensamento, defende a mentira,
acusando um poeta que não e de tua pátria, mas fala a tua língua,
e vê o que se passa no mundo com alguma de tua gente; gente essa que tornara
um Brasil de jeitinhos, num Brasil de honestidade, conquistada com dor nas terras
que lhe serviram de pátria de seu pão.
As correntes dos mares, deram ao sangue que te escreve o saber discernir o bem
do mal
Essas águas de dentes amarelados que engoliram muitos de meus avos, são
as fronteiras que nos separa... entre as minhas verdades e tuas besteiras.
Verdade, quando as pedras ardem, eu as levanto procurando segredos de fadas,
Tantas vezes se levantam monstros como tu, para me linchar; dessas labaredas
que deveriam queimar o lixo em que te enrolas.
Tu hipócrita, apareces entre essas damas cheias de sílex das grutas
de jardins para as incitar ao linche.
Estas, me comem e esfolam a razão; se escondendo debaixo de sua malcriadez
mentirosa e diferença de língua.
Ficas confuso e deslumbrado; sem procurares conheceres razão e verdades.
Com teus insultos na boca, ficas em silencio grave como sapo inchado; ou estatua
inertes repousando da confusão, dando como escusa amor a teu torrão,
deixando a verdade sofrer.
Não hipócrita; ainda não sarou a ferida que tua inveja
e maldade incutiu na minha mente
Verdade quase desfaleci como poeta; mas com o esquecimento matei tuas investidas
mentirosas.
quando estiveres ardendo na fogueira do remorso, deves rever o que me disseste
e pedir perdão; ate lá arde em fogo vivo, nunca te esquecendo
que insultastes um poeta que escrevia verdades.
(de Toronto, Ontario - Canadá)