Morrer, que palavra terrível, quando vivemos de amor, quando a gargalhada
entoa saída do nada.
Ah... assim e a alegria que entra e mora em nosso ser.
Acontece nessas manhãs em que ela surge em roupão espreitando
e abrindo a caixa do correio.
Não precisamos de morrer de vergonha de nos entesar... e se não
houver outra solução... usar a esquerda e direita ate a total
erupção.
Nem tão pouco pensar em morrer, sim, sim, morrer de amores, e tu sabes
que ela pode ser feia, mas nesse momento é a mais bela, que existe em
nossa imaginação.
Nesse momento imaginamos o que seria um encontro pelados...
Quantas vezes nossa vida no mundo parece complicar-se por tempo infinito
Isto quando vez a cortina aberta e o espelho... vês a Afrodite a deixar
cair o roupão,
Ho, que emoção, que mal a podes controlar...
A serenidade desaparece, e a gargalhada sai, quando realizas no que estas a
pensar e a cena que estas fazendo.
Quantas vezes, com um não sei o quê nas mãos, apertando-a
sem saber porquê.
Já cá fora, ali ficas assobiando olhando o alto das arvores como
estando procurando ninhos...
Teus ouvidos te acordam da nostalgia em que caíste; estremeces ao ouvir
aquela vos cheia de doçura a dar-te os bons dias.
Tens bem a noção que a vos e da vizinha; aquela Afrodite que te
fez explodir junto ao vidro da janela da garagem, o mais puro de ti.
Hooo... aquele bom dia... bom dia Rosa... acordaste-me de um sonho lindo.
Rosa com aquele sorriso maroto... posso saber em que sonhavas?...
Ah senhor... a verdade... quantas vezes se tem de engolir...
Assim não podemos dizer que somos livres; nem a verdade se pode dizer...
tudo tem limites e fronteiras...
Mas quantas vezes atrevidamente. se inicia um amor proibido.
Quantas vezes a verdade e adivinhada e é correspondida, o desejo e o
amor não conhece limites.
A roda do destino gira... este destino infatigável que governa nossa
vida, faz-nos pecadores e a traição e consumida.
Foram os olhos que morderam a visão, entraram através do roupão;
fizeram-no cair... a mente desnudou o corpo e o fez duma Afrodite desejável
ao egoísmo.
Imagina poder-se rolar com a macieza do desejo, nascido na mente dos olhos.
Muitas vezes quando a voz se liberta nasce o milagre.
Pecado que nunca haverá agua que o lave... ficamos com a cabeça
como um penedo.
Semeamos a raiz que continuara a vida e a traição; por enquanto
não pensamos em morrer, ainda temos vida e desejo.
Isso nos basta para uma grande gargalhada.
(de Toronto, Ontario - Canadá)