A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Estamos em maus lençóis

(Armando Sousa)

Querido leitores, perdoai-me se não estiveres de acordo, com o ponto de minha visão e por favor elucidai-me.

Quero-vos dizer que neste último meio século temos nos embrulhado em lençóis que mais nos parece camisa de forças.

Em parte tudo principiou com o egoísmo; com a indústria; e com o querer enriquecer a uma velocidade do som.

Antes havia a escravatura, e seríamos obrigados a fazer tudo mesmo contra vontade; mas depois de abolida a escravatura, nós ficamos escravos do dinheiro, do pão e do próximo degrau, para chegar mais alto deixávamos ficar tudo pelo caminho.

Mas as coisa mais preciosas que deixamos foram o respeito pelos educadores verdadeiros, fomos deixando a vergonha pelo caminho, fomos deixando o amor verdadeiro para nos agarrar ao prazer, acionado pelo álcool e quantas vezes pela droga.

Deixamos o pudor, e deixamos o pólo negativo e positivo que ao tocar-se chispava em labareda louca transformando-se em mundo vindouro, nesses rebentos que eram nossa alegria, o néctar que alimentava a chama viva duma loucura sadia.

Perdendo a vergonha, tantos agora vivem uma vida de conveniência e nojo, para tantos que amam o amor entre o belo sexo e o macho.

Mas fora disso, existe outras coisas, que a pouca educação nos leva a ver lixo por todos os lados, são latas injectadas por todos os lados, os nojentos escarros pretos no chão causados pelo (chuing goma)... é reparar nos passeios adjacentes aos cafés, cheios de papéis e embalagens de chocolates e fritas, estes de alumínio plástico.

Juntos aos lados das estradas ladeadas por morros creias de plásticos de todos os tamanhos e cores.

Os pneus usados deveriam ter uma reciclagem muito mais eficaz, sacos plásticos além da sua conveniência, deveriam ser proibidos e desaparecer do mercado por múltiplas razões, primeira não se desfazem na terra em mil anos, e deixam a natureza a parecer uma calamidade, sacos lançados de dentro de veículos em viagem.

Este problema da limpeza poderia ter sido resolvido.

Como sabemos a educação é a força da economia, então deveríamos usar essa educação, e nos próximos dez anos a natureza brilharia, e irradiaria saúde, talvez o universo retoma-se o balanço, e as águas não inundariam tanta terra; os glaciais poderiam não derreter, as partículas na termosfera nos proteger mais da ultravioleta.

Se todos tomássemos a peito a limpeza do universo o mundo se tornaria em lençóis muito mais cheirosos.

Sei que as crianças nascem e nosso dever é lhes dar amor e receber beijos em troca, mas na escola terão de aprender a ler e contar, para quando forem para a universidade se poder formar e guiar o mundo.

Ora seria aqui na escola primaria que deveria nascer a educação... cada semana, cada turma, em todas as escolas do mundo, deveriam por duas horas, de educação de limpeza, pegar todos os papéis e plásticos nas redondezas, limpar os escarros de gomas no chão... pois estes são lavados pela chuva e vão deixar na nossa água potável os microorganismos de cada um.

Claro que as crianças iriam aprender o que não se deveria fazer, ao crescer não o faziam... em casados sabiam se o fizer-se os filhos teriam de limpar...

O mundo se educaria.

De pequenino e que se troce o pepino

Sairíamos da camisa de sete mangas para voltarmos a viver num mundo de cor e de prazer.

(de Toronto, Ontario - Canadá)

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