A Garganta da Serpente se prepara para o recomeço de sua jornada.
Agradecemos a todos pelo apoio, pela solidariedade, audiência, participação, paciência, pela amizade e pelo carinho e esperamos contar com todos vocês neste novo ano que se anuncia.
A
serpente
rasteja pelo presépio.
Três reis se aproximam
trazendo versos:
Lorca conduz formigas,
lobos, sapos e o touro.
Fernando Pessoa
- ajeitando o chapéu -
traz uma chuva
oblíqua.
Victor Hugo vem devagar
com um fardo de desejos
para distribuir.
Os animais observam
a manjedoura cheia de sílabas.
Os sonhos se misturam ao feno
para alimentar o que nascerá.
A noite se espalha
imponderável
sobre as sobras do ano que se esvai.
O fim se aproxima.
Maiakóvski entra,
arrastando uma estrela
para colocar sobre a árvore:
É Natal.
A Garganta da Serpente deseja a todos um Natal mágico e um 2007 de muito sucesso e muita poesia!
Um grande abraço e Boas Festas!
Agostina Sasaoka.
(20.12.2006)