Um Deputado norte-americano está a exigir a liberação
dos tripulantes do avião executivo que ao que parece, raspou e rasgou
a barriga do Boeing da Gol e provocou, por certo involuntariamente, a morte
de 154 pessoas.
Vi o a ótima reportagem do Fantástico após a meia noite
na Globo News pois antes estava atado ao esclarecedor debate dos dois candidatos
a Presidente da República em boa hora programado pela Rede Band. Tanto
o debate quanto a reportagem do Fantástico foram golaços marcados
pela TV aberta brasileira. Mais isso é outro assunto.
São muito folgados esses norte-americanos ao exigir que nossas autoridades
aeronáuticas liberem os compatriotas (o comandante é italiano,
naturalizado) desde já. Um acidente desta ordem exige apuração
pormenorizada e dificílima já que não houve intenção
ou seja, dolo, no ato causador do mesmo. Mas tentar fazer do cumprimento da
lei brasileira, motivo de atrito entre os dois países é de uma
parvoíce sem tamanho.
Os Estados Unidos da América do Norte, desde o fim da segunda guerra
mundial, metem-se a policia do mundo. Por que se julgam superiores se são
guerreiros e genocidas iguais aos países que o foram, quando têm
a potencializar sua sabida agressividade um Presidente fanático, atrasado
e fundamentalista como o Bush.? Por que?
Vejamos: Destroem o Iraque e desorganizam o já precário equilíbrio
mundial. Milhares de inocentes morrem por causa disso. Fizeram a guerra da Coréia,
há anos e agora a Coréia do Norte -ainda marcada pela Guerrra
Fria - faz testes nucleares que põem em risco, ainda mais, a vida na
terra. Todos os dias ameaçam o Irã que também responde
com a fabricação de armamentos atômicos. A Índia
e o Paquistão já possuem armas atômicas de inominável
poder de destruição. Idem Israel. Em suma, com a Coréia
do Norte, agora são 23 países com armas atômicas. É
a besta do Apocalipse. Pois se metem a xerifes do mundo, erram, erram, erram
na sua política externa (como fizeram ao desmoralizar a ONU no caso do
Iraque), mentem para o mundo e agora um ou mais parlamentares desejam interferir
em assunto interno brasileiro. Dizem que o referido deputado enviou uma carta
para a Dona Condolessa, Secretária de Estado. Até o nome dela
lembra Condolências. Quando ela vai aos países (não faz
outra coisa) quase sempre é para manifestar condolências...
É preciso manifestarmos claramente apoio incondicional às autoridades
judiciárias e militares brasileiras que até agora conduzem esta
dificuldade com grande independência, enorme generosidade e imparcialidade
total. Disse-o muito bem o Brigadeiro Chefe da Aeronáutica. "Não
estamos em busca de culpados. Estamos em busca da verdade para prevenir a ocorrência
de novas tragédias."
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