* Com a votação (em geral) do País, creio que o Brasil
salvou-se, ou, pelo menos, deu esperanças de salvar-se de grave crise
institucional,
* De parabéns o Ministro Marco Aurélio de Mello. Sua atuação
à frente do TSE foi exemplar. Desde a organização do pleito,
passando por suas falas didáticas ao País sobre a importância
do voto e pela qualidade das mensagens televisivas apresentadas. Agiu como magistrado
e professor de Democracia. O resultado foi a diminuição considerável
de votos nulos e em branco. O povo entendeu.
* O TRE do Rio de Janeiro também contou com um juiz-presidente de alta
envergadura, o Desembargador Roberto Wider. Pela primeira vez, em muitos anos,
tudo correu bem e concluiu-se a tempo.
* A legislação eleitoral precisa ser revisada para manter os avanços
do recente pleito, mas sem colocar camisa de força nos candidatos. Principalmente
nos que não possuem recursos.
* Não sei como o Brasil não se dá conta da loucura destrutiva
que é o Presidencialismo.
* Tristeza pela não eleição do Deputado Federal Paulo Delgado,
do PT de Minas Gerais. Com 16 anos no Congresso, sou testemunha de sua qualidade
intelectual e moral.
* A eleição de Jacques Wagner salvou o PT de fazer apenas três
Governadores: o do Piauí, do Acre e Sergipe.
* Não me preocupa a eleição dos chamados exóticos.
São muito poucos, altamente bafejados pela mídia televisiva, e,
ainda, minoria. A julgar pela qualidade média dos programas de quase
todos os canais abertos e, mesmo, os de assinatura, tinha de ser assim mesmo.
* A classe política ainda não aprendeu que, na imensa maioria
dos casos, quase ninguém transfere votos. Houve dezenas de casos. O povo
sempre se colocou acima.
*A imprensa aprecia ironizar alguns eleitos que são filhos de políticos
famosos ou tradicionais. Injusto. Quantos deles - posso citar o Rodrigo Maia,
como exemplo - são quadros qualificados e acostumados ao jogo político,
sem se corromperem.
* Outro engano vem de candidatos suporem que terão alta votação,
pelo fato de aparecerem com destaque em CPIs. Por essa crença equivocada,
o Congresso perdeu dois ótimos nomes, entre muitos outros, como, no Rio,
Eduardo Paes, do PSDB; e o Biscaia, do PT. Já vi esse filme várias
vezes... Desde a CPI do Collor.
* E, uma vez mais, as pesquisas eleitorais vão perdendo credibilidade.
Até porque todas elas são pagas por alguém. E a metodologia
está antiquada. A única pessoa que vi falar com profundidade sobre
pesquisas foi o Cesar Maia. Ele conhece tudo sobre o particular. E não
errou uma previsão sequer, isso muitos meses antes do resultado final.
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