Um dos dramas da sociedade macro atual, é o de que o consumidor ou o
usuário, não têm mais como se comunicar com os responsáveis
por empresas ou órgãos governamentais. O que lhes vou relatar
é verídico, acontecido por pessoa de quem atesto a honestidade
( e paciência).
Um de seus dois celulares caiu na água e se estragou. Ela o deixou de
lado, ou seja, não usou e nem comprou outro aparelho pois o pai já
lhe dera, bem antes, um segundo. Continuou a pagar apenas a linha já
que esta pertencia um plano familiar com os celulares de dois de seus três
filhos. Jamais atrasou.
Em julho chega-lhe conta relativa a junho no valor de 1300 reais. Ora, ela não
dera telefonema algum. Ligou para o 1058, telefone da Vivo e depois de passar
por várias seções e a ligação se interromper
infinitas vezes, enfim chegou a um setor. Este, disse que abriria um processo
para ver se o telefone estava clonado. Em 5 dias daria a resposta. Como esta
demorava, ligou de novo para o 1058, deu o número do processo. Veio a
informação de que o processo não existia. Pacientemente,
abriu então novo processo. Passados os 5 dias veio a resposta: "o
telefone não estava clonado". E nada podiam fazer. Para encurtar:
abriram cerca de cinco processos internos sem dizer o que havia.
Desnorteada, ela disse que queria bloquear o número pois estava a receber
contas de telefonemas que não dera. Resposta: Impossível! Ela
disse que "estava bem e se era assim ela queria cancelar a conta".
A resposta veio imediata inflexível: "Também não pode".
Só pagando os 1.300 reais. Mas perguntaram se ela desejava abrir um novo
processo. Aceitou. Passados mais 5 dias veio idêntica resposta: "a
Vivo não identificava nenhuma irregularidade".
Nessa brincadeira passa-se mais um mês e lhe chega a nova conta agora
totalizando cerca de 3 mil reais de dívida. E a ameaça: se não
pagar o nome vai para o Serasa. Para encurtar, sintetizo: o telefone se estragara.
Passou mais de mês recebendo informações de que não
havia irregularidade. Não usa o telefone. Só se depara na Vivo
com pessoas que não decidem. A empresa nega a clonagem. E não
informa o que poderia ser. Tudo porque no mundo moderno as empresas impedem
ou dificultam qualquer usuário de falar com quem decide. São todas
muito "vivas". E de morte. A individualidade não mais existe.
Nem resiste.
Sugeri que vá à Justiça. Cada vez há juízes
mais independentes e corajosos.
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