Não tenho o hábito de usar este espaço para matérias
que vêm da Internet ou de outros profissionais, salvo em casos excepcionais.
Mas tendo em vista a justiça implícita de uma nota do colega Joaquim
Ferreira dos Santos, transcrevo, divulgo e endosso seu grito de alerta sobre
a enfermidade do músico Dino Sete Cordas.
É que se trata de um grande músico, responsável por participação
de décadas da melhor música popular brasileira. Em geral, o violão
sete cordas é o que menos aparece nos conjuntos regionais. Diferente
do violão comum de seis cordas, o de sete possui uma gama de sonoridades,
principalmente as baixas, que se responsabiliza pela harmonia principal do grupo.
É, ademais, um instrumento difícil de ser tocado, havendo, por
isso, bem poucos solistas e acompanhadores como o Dino. Felizmente, gente como
o Marcelo Gonçalves, o falecido Rafael Rabelo, hoje o malabarista Yamandú,
e, mais, gente da antiga como o pai de Paulinho da Viola, o Meira, e o gênio
de Zé Menezes, com mais de oitenta anos, que toca tudo quanto é
instrumento de corda, felizmente gente como esta, eu dizia, deu tutano à
música brasileira de verdade. São heróis quase anônimos
de uma luta contra o esmagamento imposto pela mídia e pelas gravadoras
em sua maioria.
Mas vamos ao Joaquim: "Um dos mais importantes violonistas brasileiros,
Dino Sete Cordas, 88 anos, está internado com pneumonia no Hospital do
Andaraí. Sem plano de saúde, enfrentando as precárias condições
do hospital, Dino - do "Época de Ouro", do primeiro LP de João
Gilberto, professor de Paulinho da Viola - corre risco de vida se não
encontrar melhor atendimento."
Agora o meu apelo para você, leitor e leitora que amam a música
do Brasil: dia 30 de Maio vai rolar no Teatro Carlos Gomes, no Rio, um grande
show em prol do Dino. Já estão confirmadas participações
de Paulinho da Viola e Conjunto Época de Ouro. Outros convidados muito
especiais são esperados. Ingressos a 20 reais e 10 reais (meia-entrada).
Realização em conjunto do Instituto Jacob do Bandolim e a Petrobrás.
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