A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Dino Sete Cordas

(Artur da Távola)

Não tenho o hábito de usar este espaço para matérias que vêm da Internet ou de outros profissionais, salvo em casos excepcionais. Mas tendo em vista a justiça implícita de uma nota do colega Joaquim Ferreira dos Santos, transcrevo, divulgo e endosso seu grito de alerta sobre a enfermidade do músico Dino Sete Cordas.

É que se trata de um grande músico, responsável por participação de décadas da melhor música popular brasileira. Em geral, o violão sete cordas é o que menos aparece nos conjuntos regionais. Diferente do violão comum de seis cordas, o de sete possui uma gama de sonoridades, principalmente as baixas, que se responsabiliza pela harmonia principal do grupo. É, ademais, um instrumento difícil de ser tocado, havendo, por isso, bem poucos solistas e acompanhadores como o Dino. Felizmente, gente como o Marcelo Gonçalves, o falecido Rafael Rabelo, hoje o malabarista Yamandú, e, mais, gente da antiga como o pai de Paulinho da Viola, o Meira, e o gênio de Zé Menezes, com mais de oitenta anos, que toca tudo quanto é instrumento de corda, felizmente gente como esta, eu dizia, deu tutano à música brasileira de verdade. São heróis quase anônimos de uma luta contra o esmagamento imposto pela mídia e pelas gravadoras em sua maioria.

Mas vamos ao Joaquim: "Um dos mais importantes violonistas brasileiros, Dino Sete Cordas, 88 anos, está internado com pneumonia no Hospital do Andaraí. Sem plano de saúde, enfrentando as precárias condições do hospital, Dino - do "Época de Ouro", do primeiro LP de João Gilberto, professor de Paulinho da Viola - corre risco de vida se não encontrar melhor atendimento."

Agora o meu apelo para você, leitor e leitora que amam a música do Brasil: dia 30 de Maio vai rolar no Teatro Carlos Gomes, no Rio, um grande show em prol do Dino. Já estão confirmadas participações de Paulinho da Viola e Conjunto Época de Ouro. Outros convidados muito especiais são esperados. Ingressos a 20 reais e 10 reais (meia-entrada). Realização em conjunto do Instituto Jacob do Bandolim e a Petrobrás.

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