Aprendi recentemente com o amigo Fábio de Oliveira, um cearense da gota,
uma palavra nova.O curioso é que o seu conceito já morava em minha
percepção e eu jamais conseguira fixá-lo através
da síntese de uma só palavra. E o que ela significava saltava-me
ao bestunto carcomido e eu não atinava com o que era.
A palavra é NORMOSE. Abaixo, o que me disse o amigo:
"Amigo Artur,
Realmente você não encontrará nos dicionários o significado
da palavra "normose". Tive contato com essa significativa palavra
lendo "Jean Yves Le Loup" , "Roberto Crema", "Pierre
Weil" e o "Prof. Hermógenes" da UNIPAZ. Você deve
ter conhecimento da UNIPAZ, pois a sede é em Brasília/DF. Esses
escritores / poetas / psicanalistas citados costumam utilizar essa palavrinha
tão significativa. Porém, é uma palavra nova no nosso idioma.
Tem o significado da doença da normalidade, ou seja, acharmos normal
àquilo que pelo hábito se tornou comum, porém é
uma doença grave que traz sérios prejuízos ao homem nos
mais diversos aspectos. Por exemplo: rouba, mas faz; os pivetes nos sinais
de trânsito mendigando; o consumismo irracional; certas cenas agressivas
na TV e etc. De tanto vermos essas coisas, terminamos por criar o hábito
de achar normal... e aí se instala a grave doença da NORMOSE.
Ela se infiltra nos mais diferentes aspectos de vida humana, portanto tem um
significado abrangente, embora essência seja a mesma"
Eureca, exclamei! Sempre me perguntei se tudo o que o ser humano conquista,
inventa, faz e moderniza é necessariamente bom. E dava a mim mesmo o
exemplo do automóvel: um carro é ótimo para a locomoção:
rápido, confortável. Já dois milhões de carros numa
cidade a transformam num horror, poluem o ar, atentam contra a camada de ozônio
e fazem insuportável ruído.
Pois isso é a normose. Ela nos cerca e engolfa e nós, contentinhos
e bobocas ficamos a aceitar o que venha, sem um juízo crítico,
anestesiados pelo deslumbramento da novidade. Trata-se de grave problema e esse
pessoal da Unipaz (Universidade da Paz) conheço a professora Glória
e muitos outros movimentos mundiais, aí estão a alertar o ser
humano, sobre formas suicidas que ele toma como progresso. É a normose,
um monstro com cara de adolescente bela.
É matéria para novas conversas.O espaço acabou.
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