A política é uma atividade cheia de novidades onde só acontece o já visto ("déjà-vu").
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Vivi quatro anos como Deputado Estadual, quase cinco na condição de exilado político, dez anos com mandato cassado, oito anos (dois mandatos) como Deputado federal e oito anos como Senador. Posso garantir que a cada novo mandato caía (cai) o nível da representação política, sempre inferior ao de antes. Isso prova a deficiência do sistema eleitoral; a resistência dos parlamentos em reformá-lo; tantas "pizzas" na Câmara e tanta e tão humilhante e dolorosa decepção no eleitor. Porém nada me diz que ele vai votar melhor, porque a maioria vota por motivos irrelevantes ou interesses pessoais. Mas admito e espero em Deus que em 2006, dado o tamanho da vergonha, o eleitor em geral vote com mais cuidado. Não parece, mas o sistema democrático está em perigo. Em toda América do Sul.
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As falhas da política são as mesmas da condição humana vistas com lente de aumento, pois ocorrem em uma atividade pública onde a diferença deveria residir justamente na qualidade moral e na inteligência, isso como exemplo às novas e velhas gerações.
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Este irrespirável e irresponsável clima político em que o Governo Lula mergulhou o País tem um só conceito por trás do nome de seus lamentáveis atores principais. E este nome é: Presidencialismo. Estivéssemos no Parlamentarismo e a chamada "crise" já estaria resolvida desde setembro do ano passado.
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O diabo paga menos e cobra incomensuravelmente mais depois, o preço da compra da alma de um político. Dá ilusórias sensações de poder e até vitórias eventuais, para, adiante, levar-lhe a alma e entregá-lo à desmoralização ou à desgraça.
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