Conquistada a base da organização da democracia com a Constituição
de 1988, o País passou a viver outra ditadura: a da irresponsabilidade,
impunidade, desprezo pela vida humana, corrupção e mergulho no
lucro exorbitante e a qualquer preço. E o controle do País pela
mídia e pelos detentores desse poderio econômico
O atual sofrimento da nação brasileira como conseqüência
da impunidade e da corrosão moral precisa de lutadores bravos.Artistas
e intelectuais são indômitos lutadores. Eles possuem armas pacíficas
que as demais pessoas não têm: são conhecidos, amados, respeitados,
simbolizam a arte, o trabalho, a magia de transformar o que fazem em beleza.
Mas o maior dos lutadores é você leitor ou leitora com o seu voto
e neste ano, pois o País está a ponto de explodir de respeito
ao o indispensável: a democracia. Ela está em jogo, sim. Político
não nasce do nada. Nasce de quem vota nele.
Ademais este País continua a viver a prolongada prática econômica
que marginaliza segmentos pobres e gera privilégios para os agentes do
capitalismo selvagem. A ânsia e a volúpia de lucros desordenados
engendram ações que se transformam em assassinos.
Manda, portanto, no País, disfarçada, a ditadura dos poderosos,
que possui máscaras diversas e disfarces. São eles: a irresponsabilidade;
o desinteresse pela vida alheia; a impunidade; o desejo de levar vantagem em
tudo, a desvalorização da vida humana, o enriquecimento rápido
e a qualquer preço, a propaganda da violência, a incultura política
de enormes segmentos da população. A predominância de privilégios
de classe social ou riqueza; os preconceitos de toda ordem; a bagunça
administrativa e a crise do Poder Público, tudo isso somado, perversamente,
à falta de valores civilizatórios de vida e convivência
(e este é um problema mundial). As sociedades apenas de mercado são
sociedades implacáveis e perversas.
As tragédias acima citadas são os disfarces pelos quais a ditadura
dos que se acostumaram a formas diretas e indiretas de poder (vale dizer, os
poderosos) impõem à maioria do povo uma forma de esmagamento que
desemboca no trinômio corrupção, violência e populismo.
Um país só cresce, amadurece e se modifica quando a comunidade
organizada vai à rua para a defesa de direitos e deveres. Quando o povo
quer e age, as coisas se modificam. E o dia da verdade é o dia da eleição.
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