Uma das melhores piadas do ano ficou a cargo da Caixa Econômica. A de
que precisa de quinze dias para apurar de onde saiu o vazamento da conta bancária
do Caseiro. Ora, só pode haver saído da agência onde ele
tem conta. Essa agência tem um gerente (ou mais) e funcionários.
Um deles forneceu:
Num País onde o sigilo bancário do Sr. Okamoto, amigo de Lula,
autor de pagamentos altamente suspeitos é mantido de modo estarrecedor
pelo Supremo Tribunal Federal do Executivo (sua nova nomenclatura) o sigilo
de um modesto caseiro é desvelado e entregue às feras da imprensa
e do País em minutos e sem autorização judicial enquanto
o rapaz depunha na Polícia Federal. Quinze dias para apurar!... Essa
não !
Três entidades mandam no Brasil de hoje: Os Bancos; a Rede Globo (e as
TVs em geral); e o Judiciário. O resto os segue sem perceber esse mando
e o incorpora ou, no caso do Judiciário e dos bancos, obedece, fazer
o quê? Fora do Banco do Brasil que está cem quilômetros à
frente em organização e sentido social, os bancos fazem e desfazem.
Ainda semana passada, por exemplo, eu recebia da Telemar, (que não é
banco mas usa a prática deles) um daqueles planos bajulatórios
(tipo "você foi escolhido etc") e mirabolantes promessas, já
com o cartão de crédito com meu nome. Isso, sem qualquer autorização
de minha parte.Ora, foi preciso uma lei para proteger-nos dessa prática
usada e abusada pelos bancos poucos anos atrás. E o mais espantoso: não
se trata de autorizarmos. Ao contrário, o texto (pequenino), ainda diz
que se não quisermos aproveitar das "maravilhas", nós
é que devemos avisar para o número tal. Não vou avisar
droga nenhuma. E se me apresentarem conta a cobrar o que não pedi e apareceu
em meu endereço, processá-los-ei. O judiciário é
essa vergonheira pública como a de não respeitar o já descomunal
salário teto, o dos Ministros do Supremo Tribunal Federal do Executivo,
vide o caso estarrecedor da Justiça de Minas Gerais (por enquanto...).
Já a Rede Globo, esta, pelo menos, mantém informativos isentos,
séries como a do JK, apresenta documentários corajosos e mesmo
com riscos de audiência, por vezes presta um relevante serviço
como o que - no Fantástico - abordou a tragédia da juventude brasileira,
entregue às mãos do tóxico, sem ideais, sem futuro, sem
alegria e sem esperança. Parabéns! Esta, embora também
mande no País, o faz com parcimônia, pois nada impõe (o
País é que corre até ela), esta, eu dizia, pelo menos presta
alguns serviços relevantes.
Está tudo de cabeça para o ar. O Executivo comandado por um personagem
de Shakespeare. O legislativo desmoralizado, infelizmente. O judiciário
(aquele que deveria ser verdadeira e principal garantia da democracia) quase
completamente emasculado. E certos setores da falsa esquerda a tentar desmoralizar
as Forças Armadas que têm sido exemplares, apesar do episódio
do avião. Isso não vai dar certo!
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