A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Arroz com ovo

(Artur da Távola)

Perguntaram ao mineiro do que ele mais gostava. Mineiramente tentou não responder e desconversava. Até que, ante a insistência obsessiva do outro, foi perfeito e definitivo na resposta:
" -Tirante arroz com ovo, é muié, né, dotô?"

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Meu maior prazer, ao ver a novela Belíssima, é apreciar a qualidade do elenco. Verdadeiros shows de interpretação ali são dados. O que torna um prazer até engolir algumas inverossimilhanças da história. E algumas "barras forçadas", para animar os capítulos. No todo, um bom trabalho. O autor acertou na configuração dos personagens. E os diálogos são muito bons para o gênero.

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Débora Falabella é a nossa Audrey Hepburn.

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Salvo no Canal Rural (a cabo), nossa televisão aberta é muito fraca na apresentação das previsões do tempo. A exceção é a Mariana Ferrão, do Jornal Bandeirantes. Não apenas pela simpatia irradiante, a postura corporal discreta e elegante, como também pelo fato de que esse noticiário dá mais tempo para explicações a respeito dos porquês da meteorologia. Uma revelação. E não tem ferrão algum. Ao contrário.

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O Luciano do Vale tem a voz do futebol. É imbatível. Mas "vem de parado" - como se diz no esporte, quando alguém está sem ritmo de jogo. Ele está bem ruinzinho nas transmissões dos jogos internacionais, exclusividade da Bandeirantes. Não conhece os jogadores, e para disfarçar o citado desconhecimento fala sem parar sobre assuntos correlatos, em vez de narrar a partida, enfim, repete os invencíveis vícios da narração desportiva por TV no Brasil. Idem, o outro narrador da Band dos jogos do campeonato espanhol. Com dois comentaristas aos quais não se escuta dado a dicção ruim, também lá se conversa mais do que se narra os jogos.

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Em matéria de mediocridade dos participantes, o atual Big Brother Brasil bateu todos os recordes anteriores deste infeliz programa que, nada obstante, faz sucesso.

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Já estou com saudades do Jô Soares e da Christiane Pelajo, esta, no Jornal da Globo. O Jô muito atacou os parlamentares por seus salários e as férias exageradas. Dou-lhe razão. Só que ele ganha dez vezes mais que Deputados e Senadores e deixa a gente a padecer sem sua verve, alegria e rapidez de raciocínio. É o gordo em saborosas férias de três meses. Os dois filmes em série que o substituíram, pelo amor de Deus: péssimos!

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