A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Altamiro, Sérgio Cabral e Léo Batista

(Artur da Távola)

A flauta flauteia, porém não falha: ela fala. "Flautamiro" jamais descarrila. Já o Altamiro, Carrilho. Vive na flauta? Não! A flauta vive nele, desde menino. Ela o escolheu para escravo, sem saber que era poeta, e fez do som alguns dos versos mais bonitos da música do Brasil. Nada lhe "flauta": alegria, talento, saúde recuperada, disposição, condição física para aquele sopro divino, ora alegre como a passarada, ora nostálgico como a saudade. Altamiro é músico de alta mira. Altamira, vista alta, lugar sempre superior de onde se descortina o vale, o campo, as demais montanhas. O som de sua flauta percorre céus e terras, as brasileiras, inteiras, e muito mundo afora, onde é considerado dos maiores flautistas do século XX.. Digo e repito tudo isto, porque a filha de Altamiro me dá notícias de sua melhora e entrada na recuperação após cinco pontes de safena e uma infecção inesperada posterior.

Nós seus amigos, além de admiradores, enfim respiramos aliviados. Volte logo flautamiro.

Ainda a registrar, com alegria de alma, os setentinha do Sérgio Cabral, uma das pessoas mais queridas por quem o conhece e mesmo por quem o vê de longe. Costumo dizer que o Sérgio Cabral é o mais elevado ponto de carioquice que uma pessoa pode atingir. Mais, impossível! Como sempre, setenta anos comemorados com muita festividade, muito carinho, respeito e amizade, além da admiração que, principalmente quem o conhece (como este cronista há mais de 40 anos) sabe que ele e Magaly merecem. Faz bem à alma ser amigo de uma pessoa tão especial.

Na linha dos aniversários, a Rede Globo e a TV Globo comemoraram com justiça os sessenta anos de carreira de Léo Batista. Já era hora. Acompanho-o desde a década de cinqüenta, quando, de gravatinha borboleta, era o apresentador do programa de boxe, atração da época, na falecida TV Rio. Depois trabalhamos juntos nos anos 70. Grande caráter, ótimo profissional, um gostinho especial de se queixar; e um coração de manteiga. Profissional de alto valor e tarimba. O Luís Mendes, (outra pessoa que vale ouro) disse tudo na homenagem feita no ar a Léo Batista.

Adoro falar bem de gente de alto teor de humanidade: como Sergio Cabral, Altamiro Carrilho e Léo Batista.

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