Após ver na televisão terríveis imagens de uma excelente
reportagem do Jornal Nacional sobre o massacre estupidificante na universidade
norte-americana e ver, também, o sorriso inesquecível da falecida
Nair Bello, exemplo de luta e busca da alegria numa vida difícil (nunca
se recuperou, mas superou a morte de um filho), prefiro fechar os olhos e ouvir
música. Fujo, sim, da dor, covardemente, eu sei, e vou escrever sobre
música. Algo que ainda resta como esperança neste mundo de horrores
e grandezas.
Impossível definir a música. Ela escapa sempre às palavras,
porque vive da ausência destas para poder alcançar patamares indefiníveis,
os da linguagem espiritual. Preciso de uma palavra difícil para dizer
o que penso. A música é a expressão do incognoscível,
ou seja, o que está acima e além de qualquer forma de conhecimento.
As frases de alguns gênios da humanidade foram selecionadas pelo amigo
Fabio Oliveira, do Ceará:
Arthur Schopenhauer:
"A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão
não compreende".
André Malraux:
"Só a música pode falar da morte".
Ludwig Beethoven:
"A música é o vínculo que une a vida do espírito
à vida dos sentidos. A melodia é a vida sensível da poesia".
Miguel Unamuno:
"Entre as graças que devemos à bondade de Deus, uma das maiores
é a música. A música é tal qual como a recebemos:
numa alma pura, qualquer música suscita sentimentos de pureza".
Aristóteles:
"A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que
encanta a alma e a eleva acima da sua condição".
Marcel Proust:
"A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido
- se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação
das palavras, a análise das idéias - a comunicação
das almas".
William Shakespeare:
"O homem que não tem a música dentro de si e que não
se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de traições,
de conjuras e de rapinas".
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