Dois fatos muito semelhantes e recentes representam um retrato vivo do mundo
atual A estrutura de segurança empregada em uma viagem aérea,
de vai e vem, caríssima aos cofres públicos, de Fernandinho Beira-Mar,
semana passada para depor em mais de um Estado brasileiro, fato criticado com
precisão pelo Diretor da Polícia Federal do Espírito e
um assunto que a partir de hoje começará a ser coberto com mais
destaque na imprensa brasileira: a visita do genocida Bush ao Brasil. Para que
se tenha a idéia, da parafernália de segurança que protege
este autor de crimes contra a humanidade, eis o que li no Boletim Notícias
Terra, sintetizando matéria da Folha de São Paulo de sábado
recém passado: "A equipe de Bush tem 250 pessoas, a maior parte
delas do Serviço Secreto. Ele deve chegar ao Brasil com o AirForce One,
o 747 presidencial, equipado com sistemas antimísseis. No caso, o avião
reserva, idêntico. O oficial passa por reparos. No momento em que se aproximar
do aeroporto internacional de Guarulhos (SP), entrará em vigor o "ramp
freeze" - até a aterrissagem do avião presidencial, nenhuma
outra aeronave no solo pode se mover. Não há planos de se fechar
o espaço aéreo.
Um avião cargueiro da Força Aérea norte-americana já
se encontra em São Paulo, com todo o equipamento que acompanha a comitiva,
como os cerca de 12 furgões blindados Chevrolet Suburban, a unidade médica
móvel e uma central móvel de comunicações que acompanham
o deslocamento presidencial em terra.
O republicano deve levar ao Brasil seu Cadillac One, nome dado ao carro oficial,
uma limusine que é transportada pelo cargueiro da Força Aérea
para todos os lugares em que o presidente põe os pés no exterior.
Trata-se de um modelo "customizado" do Cadillac DTS, que Bush usou
pela primeira vez na posse do segundo mandato, em janeiro de 2005.
Blindado, tem sistema de visão noturna e carroceria selada, e o ar que
entra é filtrado, como medida de segurança em caso de ataques
de armas químicas ou biológicas. O veículo viaja com uma
cópia idêntica, e o presidente decide na hora em qual dos dois
vai andar.
O Cadillac One roda com gasolina, não álcool - muito menos brasileiro,
pois até o combustível que o veículo usa é levado
dos EUA. Faz 7,6 quilômetros por litro na cidade, segundo o fabricante."
A conclusão a que chego é óbvia: QUANTO PIOR O BANDIDO,
MAIOR É A SEGURANÇA....
Voltarei ao assunto.
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