Nunca alguém conseguiu explicar o porque dos desentendimentos que quase
sempre ocorrem entre mães e filhas. Acontece que por vezes as mães
se esquecem que já foram filhas, e estas ainda não sabem o que
é ser mãe...
As mães se esquecem de todas as dificuldades de relacionamento que viveram.
E as filhas sequer imaginam que ainda vão viver tudo isso.
Precisa-se levar em conta que para as mães, as filhas nunca crescem.
São sempre aquelas menininhas que sempre pediam para que a mamãe
resolvesse seus problemas. E as filhas sempre já se consideram lidimas
donas de seus narizes.
Quando crianças, as meninas sempre vêem as mães como suas
"ídolas".
Espelham-se nelas para tudo. E as mães acham que será por toda
vida assim...
Então, as mães se acostumam a ser requisitadas para tudo. Qualquer
dúvida, a mamãe esclarece. Para qualquer problema, consulta-se
a mamãe, que tudo sabe, tudo resolve.
Só que a mamãe se esqueceu de passar a sua menininha "dentro
da asa do tacho", e ela, infelizmente cresce. Vira adolescente. E é
aí que a porca torce o rabo, e começam os problemas.
Logicamente a ex-menininha começa a ter idéias próprias,
começa a ter suas amizades, a conversar com pessoas com outras idéias,
e começa a fugir da "proteção materna". E esta
reluta sempre em acreditar que a menina não é mais uma menina.
Está saindo de dentro do ovo, e não quer mais aceitar as idéias
agora ditas "ultrapassadas", e que até pouco tempo atrás
eram verdades absolutas. Claro que a mãe se recusa a aceitar essa mudança.
Começam as primeiras crises domiciliares.
A situação pode se agravar com o aparecimento do pior inimigo
das mães.
Aquele monstro perigoso chamado "namorado" , que marca o limite de
território.
A guerra está declarada. A ex-menina não quer mais aceitar a ingerência
materna, que por sua vez não aceita o "narizinho empinado dessa
fedelha" .
A situação não precisa chegar a esse ponto que, felizmente
não é mais tão comum.
Basta que, ao notar que a menina está crescendo, a mãe comece
a dialogar cada vez mais com ela. Ao invés de ser a "toda poderosa
que tudo sabe e manda", ela deve começar a ser a amiga da filha.
Aquela a quem a menina pode fazer confidências, que sempre está
pronta para ouvi-la e trocar idéias e informações. Principalmente
informações.
Isso se consegue através de diálogo, troca de idéias. É
preciso conhecer-se o que começa a passar por aquela cabecinha, já
não tão oca... Há que se entender que ela tem necessidade
de novas amizades, conhecer outras coisas.
Só com a troca de idéias pode se evitar muitos problemas...
Transformando-se numa aliada da garota, passando a ser sua amiga, trocando confidências,
evitam-se muitos desentendimentos.
Então, a coisa não é tão feia assim. E se por acaso
a situação estiver deteriorada, o melhor a fazer é procurar
um diálogo. Nunca é tarde para que se inicie a trégua,
e assim descobrir o ponto de desentendimento.
As coisas não se resolvem através de imposições,
nem do famoso "eu sei o que é bom para você". E onde
fica o livre arbítrio? Muita conversa, gente, ainda é um bom remédio.
Bem... não sou mãe e nem filha... mas fui um observador atento
de muitos casos semelhantes ao que foi acima dito, e com resultados os mais
diversos.
e por causa da falta de um bom diálogo, muitas mamães foram precocemente
promovidas a vovós...
Sem duvida alguma, os melhores resultados foram conseguidos com a palavrinha
mágica: DIÁLOGO.
Então, dialogando bastante, espero que tenhamos UM LINDO DIA.