Um tal de Charles Miller resolveu desembarcar no Brasil, trazendo um objeto
redondo nas mãos, e depois se soube que era destinado para a prática
de algo chamado foot-ball. Aquele objeto redondo chamava-se bola, e deveria
ser maltratado com os pés, pelos praticantes do balipodio.
Com o correr do tempo, acabou se transformando em algo mais do que paixão
nacional. Em algo mais do que razão de viver para muita gente, e não
apenas no Brasil.
Há que se notar que o futebol, seja nas disputas oficiais de um Campeonato
Mundial, seja em certos jogos amistosos ou oficiais, foi a responsável
por tréguas e até mesmo fim de algumas guerras.
A princípio, apenas os homens praticavam esse esporte, bem como praticamente
só homens frequentavam os estádios para assistir às partidas
de futebol (logo o nome foi abrasileirado).
Não era elegante mulheres verem os homens usando calções
correndo desesperadamente atrás de uma bola. As damas da época
apenas cuidavam de suas funções de donas de casa, sem se ocupar
de coisas tão mundanamente masculinas.
Ainda mais que os homens quando seu time perdia, ou quando o juiz cometia eventuais
lapsos contra seu time, dirigiam impropérios em altos brados, manifestando
muitas dúvidas quanto a honorabilidade de algumas progenitoras, como
se elas fossem culpadas pelos erros que aconteciam em campo.(Convenhamos...
Existe melhor maneira de dizer que xingavam a mãe?).
E os delicados ouvidos femininos não poderiam ouvir semelhantes barbaridades.
Dize-las então, nem pensar. Contudo, com a evolução dos
usos e costumes, as mulheres não somente começaram a freqüentar
os estádios para assistir às partidas de futebol, rivalizando-se
os homens para manifestar sua indignação, soltando todos os palavrões
possíveis e imaginários e mesmo inventando alguns, como também
praticando o esporte, sem medo de ficarem masculinizadas.
Aliás, verdade seja dita, o fato de existirem mulheres masculinizadas
independe do esporte ou da atividade que praticam. Portanto, o futebol nada
tem a ver com isso. Não o culpem.
Foi apenas um ligeiro comentário, porque acho que não existe uma
só pessoa que não seja um expert no assunto, e conhece tudo sobre
o dito cujo balipodio (apenas o técnico da Seleção não
entende nadica de nada de futebol, e justamente por isso está lá,
para receber os ensinamentos de todos os demais...).
Nas vitórias é aquela comoção nacional pelo título
conquistado. Nas derrotas, é aquela comoção nacional pelo
título perdido. Varia apenas o tipo da comoção, mas sempre
mexe com todos.
Quando se disputa um Campeonato Mundial, praticamente o mundo para durante o
evento, e apenas um País terá motivo para festejar. Do vice até
o lanterna a tristeza é a mesma.
Agora quanto as mulheres a praticá-lo, acho uma maravilha. Toda e qualquer
prática esportiva sempre é embelezada pela presença feminina.
E esportivamente apenas desejo a todos UM LINDO DIA.