Até algum tempo atrás, as mulheres sofriam uma castração
violenta. Não tinham direito de escolher seu caminho. Estavam como que
submetidas ao jugo masculino. Deviam uma cega obediência, quando jovens,
a seus pais, quando casadas, a seus maridos. Não eram donas de escolher
seus destinos. Os seus "donos" escolhiam por elas. Pouquíssimas
profissões estavam abertas às mulheres. Professoras, enfermeiras,
donas de casa, eventualmente operárias. Nada além disso. Foram séculos
de submissão total e completa.
Mulheres que tentavam alguma coisa, eram discriminadas, perseguidas, e até
queimadas vivas.
Com a evolução do tempo, as coisas foram mudando lentamente. Irritadas
com a lentidão dessa evolução, foram à luta e conseguiram
alguma melhoria. E foram galgando certas posições eminentemente
tidas como masculinas, num notável progresso, se formos considerar o que
ocorria até a metade do século passado. Até o fim dos anos
60, meados dos anos 70, quando a chamada "Revolução Feminina"
conseguiu grandes vitórias.
Atualmente pode-se notar que as mulheres estão acordando, e já saíram
completamente da letargia, e foram à luta, e conseguiram chegar bem perto
da famosa igualdade de direitos e deveres, tão reivindicada nos anos 60
e 70.
Em reportagem ao jornal A Tribuna, de Santos, a psicóloga Claudia Cavalcanti,
mostrou-nos um retrato muito interessante do que vem a ser essa busca da felicidade.
Vou destacar alguns trechos dessa inteligente entrevista, comentando algo sobre
suas palavras: "Descobrimos que podemos nos expressar, dar opiniões,
que podemos querer".
Sem dúvida alguma, as mulheres estão participando muito ativamente
em todos os campos de atividade, sendo excelentes profissionais liberais, executivas,
políticas, enfim em todos os segmentos nota-se a presença feminina
cada vez mais atuante. Sempre com inteira liberdade para escolher seu campo de
ação.
"Muitas mulheres se dizem insatisfeitas nos seus relacionamentos e ficam
presas a um casamento porque dizem só depender do marido para se manter."
Essa era a situação geral das mulheres antigamente. Hoje, contudo,
só pode atribuir-se a um acomodamento de situação. O não
querer ir à luta, por ser conveniente permanecer sob o jugo do marido castrador.
É preciso "sacudir a poeira", vencer os preconceitos, e acabar
com essa situação. Penso que o ideal é procurar-se um diálogo
para definir posições, para fazer valer sua opinião. Claro
está que para haver um diálogo o marido tem que participar e é
importante que isso ocorra, para o bem do relacionamento.
"As mulheres só tiveram ganhos com a emancipação. Não
devemos nos arrepender das coisas que fizemos, só das que não foram
feitas." "O homem também agradece à mulher que trabalha
fora e o ajuda. É um ganho também para o masculino."
Sem dúvida que tiveram ganhos. Basta citar a descoberta de suas reais possibilidades,
de sua real capacidade. Basta observar que as mulheres descobriram que podem viver
sozinhas, que conseguem se manter sem precisar estar subjugada a situações
que seu interior não aceitava. E o homem inteligente tem mesmo que agradecer
essa nova situação, não apenas pela ajuda que o trabalho
feminino representa para o orçamento, mas também por ter descoberto
que é muito melhor ter uma companheira andando a seu lado, do que aquela
antiga escrava doméstica correndo atrás e abanando o rabinho...
"Antes a mulher nem se olhava. A emancipação só é
verdadeira, se vier de dentro para fora". "Se a mulher se olha no espelho,
e vê penosamente a vida, porque tem que arregaçar as mangas e fazer
por ela, nada valeu a pena. Nada pode ser por obrigação."
Claro. A pessoa, seja mulher ou homem, tem que se olhar no espelho, e gostar daquilo
que vê.
Tem que saber enxergar a luz interior brilhando, e indicando o caminho. Caso contrário,
é melhor voltar para a cama e esperar a morte chegar. É importante
encarar tudo com disposição e vontade. Tem que vir de dentro para
fora.
Essa mulher moderna tem que saber se valorizar, e tem que dar o devido valor às
suas conquistas, não podendo se acomodar a situações.
Como bem frisou nossa querida Claudia Cavalcanti em sua entrevista, do que essa
nova mulher não abre mão, e do que mais vem sentindo falta, é
do famoso "amante à moda antiga", que abre as portas, dá
precedência, cede lugar e, principalmente, que ainda manda, ou melhor, que
leva em mãos flores para sua amada.
Em suma, apesar de tudo, o romantismo ainda é o grande sonho de todas mulheres.
Amigos... vamos atendê-las? Com uma rosa nas mãos, vamos desejar
UM LINDO DIA.