Existem ocasiões na vida em que se torna necessária uma decisão
drástica... ou mudamos tudo, e tentamos virar a coisa toda, ou nos limitamos
a deixar a vida correr, e ver se os problemas se resolvem sozinhos.
Fica sempre algo pendente no ar, pois um dos maiores problemas que causa muitas
frustrações, é a falta de coragem para mudar situações
incomodas.
Quanta gente não se sente bem com aquilo que está fazendo, mas
por puro comodismo prefere aceitar a situação do que procurar
uma mudança, outros caminhos.
Vejam que pensamento bonito me foi oferecido por uma pessoa muito amiga, de
autoria do já famoso L'Inconnu: "Morre lentamente quem não
vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca
o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma
vez na vida, fugir dos conselhos sensatos."
Quantas vezes apareceram oportunidades em nossas vidas, que não soubemos
agarrar, para "não deixar o certo pelo incerto". Conselho sensato
este, pois se estamos numa situação relativamente confortável,
teoricamente nunca devemos fazer uma mudança radical, que vá colocar
em perigo essa estabilidade. Mas por vezes estamos infelizes naquilo que estamos
fazendo, embora exista essa sensação de segurança, levantando
a duvida, sobre se valerá ou não a pena tentar algo de novo.
Por outro lado, a realização de um sonho pode representar a felicidade.
E se houver riscos para que se possa ter êxito, os riscos devem ser corridos,
desde que bem pesada a lei das probabilidades, o célebre cálculo
chamado "custo/benefício"....
Não quero dizer com isso que é "aconselhável"
largar tudo para ir atrás de um sonho. O que se deve fazer é calcular
bem os riscos para não se tomar uma decisão precipitada. Todavia,
se não estamos nos sentindo bem naquilo que nos tem garantido a subsistência,
se estamos fazendo algo que violenta nossa personalidade e, de repente encontramos
aquilo que pode ser a realização de um sonho, aí, crianças,
há que se tomar uma decisão radical e, mandando tudo pro espaço,
tentarmos com todo afinco a concretização daquele desejo sufocado
por muito tempo. Existe uma máxima que diz: Arrependamo-nos daquilo que
fizemos, e não daquilo que nunca chegamos a tentar.
É sempre uma decisão complicada, pois pode mudar toda uma vida.
E se existe uma família envolvida, então... há que se ponderar
muito. Num caso desses, sugiro sempre a formação de "conselho
familiar", com todos opinando sobre o que se poderá fazer. Decisões
unilaterais podem ser perigosas, pois podem ser apenas o resultado de um impulso
de momento, e não de algo pensado, pesado e analisado. sempre poderá
ser interessante ouvir a opinião de outras pessoas interessadas.
Em situações semelhantes, de uma virada total de mesa... as decisões
tomadas de se ir atrás da "loucura", foram muito bem tomadas.
Minhas "loucuras" deram certo. Mas nem todas dão. Daí
insistir sempre para que se pondere bem.
Portanto... o livre arbítrio é que deve nos conduzir. Às
vezes é necessário "perder-se o juízo". Desde
que o percamos ajuizadamente, claro.