Falar em insegurança masculina, parece ser palavrão para os machistas
de plantão, contudo, tenho notado que atualmente, os homens começam
a ficar assustados ante a perspectiva de assumir um compromisso mais sério,
talvez por comodismo, talvez por receio, preferem levar a coisa mais na "flauta",
preferindo "ficar" do que realmente ficar.
Só que não estão entendendo que as mulheres não
estão mais para brincadeira. Estão mais interessadas em quem as
respeite como mulheres, como companheiras, e não apenas como objetos
de desejo descartável, só destinadas ao sexo. Conheceu, beijou,
transou, e baibai...
Tal desencontro vem ocorrendo geralmente com os homens que vão entrando
na casa dos "enta". Nessa faixa etária, vem ocorrendo um fenômeno
curioso, pois existe dois tipos distintos, destacados abaixo:
SOLTEIRÕES: Esses, geralmente por imaturidade, preferem continuar levando
a vida descompromissada de barzinhos, e de intermináveis bate papo com
os amigos. Muitas vezes encontram garotas com as quais chegam a ter vontade
de assumir algum compromisso, mas procuram superar esses momentos de "fraqueza",
pois além de seu comodismo natural, existe a pressão dos amigos
que não querem perder o companheiro de farras. Ele reluta entre ser chamado
"babaca" por eles, topando o compromisso, ou então deixar passar
e perder aquela que poderia ser sua companheira efetiva pelos anos afora.
Além do que, ficam com o tradicional medo de largar essa vida livre,
e assumir o compromisso, perguntando-se: "e se depois as coisas não
derem certo?" Aí ele fica "no desvio" sem os amigos e
sem a companheira sonhada. Só que, se nunca tentar, nunca vai saber se
poderia ou não ter dado certo. Dizem que a felicidade só bate
uma vez à porta. O caso é saber identificar a batida, para saber
se é ela que está lá doidinha pra entrar, ou se poderá
ser uma "furada".
Essa indecisão por vezes custa caro, custa a oportunidade de ser feliz.
DESCASADOS: Aqueles que se casaram cedo. Por uma razão ou outra, casaram-se
cedo, mas se essa união não dá certo, e o casal se separa,
fica o trauma da separação prematura. Fica o medo de assumir novo
compromisso e não dar certo de novo. Nesses casos, então a insegurança
domina completamente as idéias masculinas. Que fazer? Perguntam-se, sem
ter coragem de tomar uma decisão.
Uma coisa interessante, é que esses nossos heróis, por vezes se
sentem especialmente atraídos por um certo alguém que surge à
sua frente. Que fazer? "Gosto dela. Acho que poderia ser a mulher de minha
vida." Mas e se não for? Nessa dúvida cruel, nessa insegurança
enorme, procuram ir "empurrando a situação com a barriga",
mantendo a moça em suspenso. Não a assumem, e nem querem largá-la.
Ela tolera a situação por algum tempo, até que dá
um ultimato, tipo "ou vai ou racha". E na maioria das vezes, acaba
rachando...
Ele fica indeciso e "pede um tempo". Ela dá esse tempo, separam-se
e ela continua vivendo, saindo, considerando-se livre. Afinal, ele pediu um
tempo para pensar. Só que nosso herói continua indo aos mesmos
lugares em que sabe ela estar, e fica vigiando, para ver se encontra outro...
Seria cômico, não fosse trágico. Encontra uma pessoa de
quem gosta, mas não se decide. Não a assume, mas não quer
que ela arranje outro. Então amigo, se gosta dela, vá em frente.
Tente. Se não der certo, sempre se pode tentar novamente. Se quebrar
a cara, procure consertá-la. Fazer o que? A vida é feita de riscos,
se não os corremos, não perderemos, mas também não
ganharemos.
Não tenham dúvidas de que mais tarde, poder-se-á lamentar
tanto o fato de ter tentado, como de não ter tentado.
Mas, podem ter certeza de que a idéia de ter deixado passar a oportunidade
de ser feliz vai marcar muito mais no futuro do que uma tentativa que não
deu certo.
Principalmente se souber que "aquele" alguém hoje é
feliz ao lado de outro, e os copos de chopes com os amigos sobreviventes continuam
sendo esvaziados, junto com a alma, totalmente vazia. Valeu a pena ter pedido
"aquele tempo"? Não teria sido melhor se deixasse a covardia,
e a insegurança de lado e tivesse se arriscado a quebrar a cara? Agora
é tarde para lamentar, meu amigo. A oportunidade chegou, sorriu, e não
foi entendida e nem atendida.
Esperando que uma nova oportunidade surja, fica o desejo de UM LINDO DIA.