Vamos inicialmente tentar explicar o que é esse tal de namoro, e porque
é tão chameguento o tal do Dia dos Namorados. E, claro, dos "namoridos"
também... Começando do início, vemos que após um
conhecimento preliminar, é o Namoro o ponto de partida para o amor.
Pelo menos assim era antigamente, tudo começava com o namoro, depois
acontecia o noivado e assim chegava-se ao casamento. Tudo regido pelo amor.
Nem sempre, pois por vezes a coisa toda era manipulada por acordos. Mas esta
é uma outra história, e fica para uma outra vez.
Com o advento da modernidade, hoje em dia começa-se "ficando",
mas nem sempre fica bem "ficar", então, ao invés de
"ficar", fica-se namorando mesmo. Mas sempre se fica. Ou se "fica".
Fica para os mais jovens explicar como fica tudo isso.
O namoro evoluiu muito com o tempo. Já houve tempo em que a jovem ficava
romanticamente na janela, e era cortejada com doces olhares e lindas serenatas,
ou por infindáveis passeios. Era interessante que nosso itinerário
coincidia sempre com o momento em que ela saia à janela. Não havia
prévios acordos. Apenas o chamado do amor. Sem duvida, uma época
essencialmente romântica,e amava-se platonicamente até o casamento.
O namoro sempre era vigiado, pois não eram permitidas "certas liberdades"
antes de se firmar o compromisso matrimonial (ou seja, o casamento). Por vezes
eram anos de namoro e noivado até o casamento. A coisa toda era encarada
com seriedade. Quando o rapaz conseguia pegar nas mãos da jovem, já
era uma glória.
Depois, veio aquele namoro, em que já era permitido mão na mão...
Conseguia-se até roubar um beijinho. Emoção suprema. Um
beijinho à socapa. Contudo, se o papai ou a mamãe visse, seria
reprimenda na certa. Onde já se viu beijar se ainda nem se conheciam
direito (depois de três anos namorando).
Com a evolução rápida do tempo, principalmente no após-guerra,
houve uma mudança de costumes, e logo se chegou a um estágio mais
avançado. Já se permitia que o romântico casalzinho saísse
sem ter de levar o irmão menor para ir ao cinema. Ou mesmo um passeio
diferente. Por exemplo, ao Zoológico. Era uma delicia um passeio ao Zoológico,
de mãozinha dada...
Ainda não existiam os motéis. Quando muito um drive-in onde alguns
amassos podiam ser feitos.
Agora a coisa mudou um tanto. Quando um rapaz e uma moça se conhecem,
ao dizer muito prazer, vem a pergunta, no meu ou no seu apartamento?
Contudo, se o modernismo acabou com o romantismo de antigamente, não
acabou com o amor, e nem com o namoro, ou com a "ficação".
Só que agora ainda existe um tal de namoro virtual, que dispensa o contato
físico para que se ame. Mas é um tipo de namoro. Portanto, o namoro
continua existindo. Não se sente a presença física ao lado,
mas "sente-se" a presença de quem está ausente. Pergunte
a quem tem um amor virtual, e ele te explica. E viva o Dia dos Namorados.
De qualquer maneira, o amor sempre será o principal objetivo de todos,
sempre na procura da famosa alma gêmea, ou como se dizia antigamente,
a "outra metade da laranja".
Para que o amor seja perfeito, é preciso haver reciprocidade nos sentimentos,
será necessário que o mesmo sentimento abra dois corações,
permitindo uma interação perfeita entre ambos, consumando o que
pode ser chamado de um amor perfeito.
Mas, se o namoro pode abrir a porta para o coração, é preciso
que também abra a porta para o cérebro, pois a razão deverá
controlar a paixão, ditando as normas necessárias para o amor
seja duradouro.
Deve-se abrir também a porta para o entendimento, o diálogo, permitindo
que haja harmonia nesse amor.
Vamos então namorar, mas com consciência, não apenas seguindo
os impulsos do coração, ou do sexo. É preciso controlar,
usando bom senso, para que as coisas se desenvolvam bem, sem desentendimentos
idiotas, que podem tudo atrapalhar...
Portanto, para que haja um bom desenvolvimento nesse amor, é preciso
haver bom entendimento, diálogo, respeito, e assim teremos um relacionamento
gostosamente duradouro.
E com essa idéia, vamos sempre ter UM LINDO DIA, namorando no Dia dos
Namorados, e amando nos outros 364 dias do ano.