Existem algumas pequenas coisas que podem ser interpretadas como os mandamentos
do amor, para que este seja bem vivido, e que seja duradouro.
É preciso entender que o amor é uma eterna doação,
e não uma fonte de cobranças, pois é algo que brota espontaneamente
no nosso coração, na nossa alma. Ele não deve ser imposto,
como se fosse nossa obrigação amar a alguém.
Sempre é bom lembrar que o amor é o resultado de um amálgama
de sentimentos. Nele deve haver amizade, confiança, carinho, dedicação,
doação, tudo menos obrigação, pois nem sempre amamos
a quem devemos ou podemos amar, mas se esse sentimento surgiu, saibamos administrá-lo.
É válido tentar a conquista do ser amado, mas ser amado por ele
é outro papo. Depende dos sentimentos que o dominarem. Pode ou não
haver a reciprocidade, ou, em havendo o retorno, pode haver ou não a
possibilidade. São fatores que devem ser analisados.
Vamos entender que a grande verdade é que não se pode obrigar
ninguém a amar ninguém.
Conquistar o amor de quem desejamos é uma coisa, obrigá-lo a nos
amar é outra.
Li um pensamento de Jonathan Swift, que mostra bem como pode e deve ser o amor:
"Amar é um jeito próprio de sentir...um jeitinho gostoso
quando alguém nos ouve com paciência, e faz a gente sentir que
não se cansou com a conversa da gente, um jeito feliz que fica dentro
da gente... E surge assim, de repente, no silêncio, quando a gente troca
confidências com alguém, quando ajuda a quem precisa de nós,
quando, mesmo sem palavras, a gente sabe o que a outra pessoa sente... É
um sentimento feliz que fica no coração da gente."
Uma definição perfeita: "é um sentimento feliz que
fica no coração da gente..." E para que seja feliz tem que
ser sentido em liberdade, sem pressões e nem cobranças. Não
podemos exigir que sejamos amados na mesma intensidade de nosso amor. Aliás,
não existe isso de amar muito, ou pouco. Ou se ama, ou não se
ama.
A intensidade fica por conta de nosso emocional, e simplesmente vai depender
das afinidades, da amizade, da maneira como o amor se expressar.
Mostramos nosso amor quando ouvimos e damos atenção que nos dizem,
quando procuramos ajudar de alguma maneira, seja com atos ou com palavras. Quando
nos interessamos por seus problemas. Quando sabemos fazer um carinho, um afago,
mesmo que à distancia. O simples fato de se interessar pelos problemas,
é uma demonstração inequívoca de amor, de amizade,
de carinho.
Assim o amor é mostrado muito mais do que o simples fato de dizer "EU
TE AMO" quinhentas vezes por dia, mas apenas da boca pra fora, sem um real
sentimento de amor, apenas para atender a cobranças de quem nos ama,
que somente poderá sentir o amor através dessa declaração,
esquecendo-se de todo o carinho demonstrado de outra maneira.
Temos apenas que aprender a "sentir" o amor que nos é devotado.
E saber receber o que nos é doado.
Sabendo entender, saberemos corresponder. E cobranças não ajudam
em nada, chegando mesmo a ser fator de inibição. É preciso
entender que amor é um sentimento que brota espontaneamente. Palavras
de amor devem ser ditas nos momentos certos, quando as sentimos dentro de nós
querendo sair, e não quando nos pedem que as falemos. Assim, deixará
de ser natural, para ser algo forçado, e assim, soará falso.
Muitas vezes um simples aperto de mão significa mais do que um apaixonado
beijo. Há que saber entender os sinais do amor, captando o "sentir"
de quem desejamos. E saber esperar pelos momentos em que tudo poderá
acontecer.
Claro que é complicado administrar os sentimentos dessa maneira, mas
é o caminho mais seguro para se conquistar, e principalmente, para se
manter esse amor por muito tempo.
Para amar, temos que sentir e dar liberdade para nosso amor. Se ele permanecer
a nosso lado, é porque realmente o deseja, e não porque é
"obrigado" a isso. Assim, poderá haver a reciprocidade. Assim,
seremos amados, talvez não da maneira como desejaríamos sê-lo,
mas da maneira como nosso amor nos ama. E saber aceitar esse amor é a
melhor maneira de mante-lo, e torná-lo duradouro.
E manter o amor a nosso lado, é o melhor jeito para termos UM LINDO DIA.