Amor sempre foi, é e será amor. Aquele sentimento que tanto faz
pessoas se unirem, como se desunirem. Desperta uma gama de sentimentos inexplicáveis.
Estão vinculados ao amor, coisas como atração, desejo,
carinho, amizade, ódio, rejeição, ciúme, desprezo,
carência, entendimento, diálogo, vida e morte. Tudo vinculado ao
amor, que é causa e efeito de tudo. Vive-se do, para e com o amor. E
morre-se também. E mata-se também. Tudo em nome do amor.
Agora surgiu um novo tipo de amor, chamado de amor virtual, que é o amor
vivido sem que as pessoas se conheçam fisicamente. Não é
tão novo assim, pois já houve época em que os amores eram
decididos por interesses familiares. Casamentos eram arranjados. Noivos conheciam-se
apenas na hora do casamento. Isso também pode ser considerado amor virtual,
ou ainda, virtualmente como amor. Pois os noivos apenas ouviam referências
sobre aqueles que lhes eram destinados. De corpo e alma, eram completos desconhecidos.
E pode-se dizer que muitas vezes deram certo. A mágica do amor acabou
acertando as coisas.
Sobre amor virtual, nossa querida amiga Regina Barreiros, apresentadora do programa
Geração Experiência, da Tv Tarobá de Cascavel, no
sudoeste paranaense, teceu a seguinte consideração, muito oportuna,
aliás:
Muitas pessoas, estão preferindo ter um amor virtual, pois causa
menos sofrimento. Mas será que o verdadeiro amor não tem que ser
compartilhado em todos os momentos da vida ? Estar perto tocar e ser tocada,
sentir a presença do seu amado naqueles momentos mais difíceis
da vida. Será que o amor virtual realmente completa a vida da pessoa?
Gostaria de conhecer sua opinião.
Na minha opinião, um amor virtual chega a ser uma fuga, principalmente
para quem já sofreu com amores reais.
Vejamos as diferenças que podemos encontrar entre amores virtuais, e
os ditos reais:
Num amor físico, conhecemos, e sentimo-nos atraídos pela aparência
física. Conhecemos a superfície das pessoas. Depois vai se conhecer
a alma.
E se não houver uma simbiose anímica, começam a surgir
as famosas incompatibilidades, que sempre são motivo alegado para separações.
Num amor virtual, desde que haja sinceridade de parte a parte, conhecemos a
alma primeiro, analisamos a maneira de pensar, afinidades são descobertas.
Existe o risco de haver uma rejeição física no conhecimento.
Mas é bem menor do que o risco da rejeição anímica
no amor físico.
O amor sempre tem que ser compartilhado. No amor virtual, sente-se a carência
da presença física, e cria-se esse desejo, que pode ser satisfeito.
No amor físico, pode se criar a carência da união espiritual,
do entendimento entre ambos. E aí, já é mais difícil
um acerto.
Quer dizer que nenhum amor presta? Nada disso. O amor, seja ele físico
ou virtual, depende basicamente de sinceridade, de diálogo, de doação.
E de muito respeito de parte a parte.
Com esses ingredientes, temos o amor perfeito, que além, de tudo, é
uma linda flor.
Ocorre que no amor virtual, o distanciamento favorece mascarar-se certas situações
que ao vivo e a cores fica mais difícil. Por isso diz-se causar menos
sofrimento. Mas quando não dá certo, ou se um dos lados não
estava bem intencionado, causa tanta dor quanto qualquer outro amor fracassado.
A conclusão a que se pode chegar, é simples. Sempre precisamos
ter algum amor. Alguém a quem possamos dedicar nosso carinho, e de quem
possamos receber também. Se não for o amor, aquele amor que arrebata
sentimentos, que seja ao menos uma amizade. Mas uma amizade leal e sincera,
em quem possamos confiar, com quem possamos conversar, dialogar. Com quem possamos
contar em momentos de tristeza ou de alegria. Seja no virtual ou no real, mas
que seja um sentimento sincero, com um legítimo sentido de afeição,
a mais pura e desinteressada que exista.
E com essa idéia, desejo a todos, indistintamente, UM LINDO DIA.